Homem de Ferro foi o melhor filme de cinema já feito com base em um super-herói de quadrinhos. Trouxe Robert Downey Jr. de volta ao patamar de grande ator, que nunca deixou de ser, e ainda deu início ao projeto dos Vingadores – que vai reunir vários herói num mesmo filme. Fazer a sua continuação deve ter dado muita dor de cabeça aos produtores, ao diretor Jon Favreau, ao roteirista Justin Theroux e ao elenco. Se Homem de Ferro 2 – que estréia em 30/04/10 – não supera o primeiro filme, chega bem perto, o que é uma tremenda façanha.
O filme tem uma série de qualidades que vão torná-lo mais um grande sucesso de bilheteria, daqueles que vão brigar com os números de Avatar. Os efeitos especiais estão mais naturais, as armaduras parecem mais reais e há mais drama, não só ação. Além disso, temos a beleza sempre bem vinda de Scarlett Johansson, a boa interpretação do vilão Mickey Rourke e, claro, Robert Downey Jr.
Se havia alguma desconfiança quando Robert foi escolhido para o papel (baixinho e sem a menor pinta de super-herói), fica claro que ninguém poderia interpretar o Homem de Ferro e, principalmente, Tony Stark melhor que ele. Na última cena do primeiro filme ele revela: Eu sou o Hoimem de Ferro. Na verdade ele é Tony Stark. Simplesmente perfeito, não deixando nenhuma saudade dos personagens desenhados pelos artistas que trabalharam com Stan Lee desde os anos 60.
O novo longa começa exatamente após Tony Stark revelar sua identidade secreta. Ai, o nosso herói mostra todo o egocentrismo, fanfarronice e humor de Stark. Porém, assim como nos quadrinhos, a saúde do protagonista trouxe uma dose de drama para a história, dando mais tempo para que Robert Downey Stark brilhe, deixando o alter ego enlatado aparecer só mesmo na parte final do longa.
Stark precisa lidar com a pressão de ser o responsável pela paz mundial e por ter criado uma arma na qual todos querem pôr as mãos. E ele, mesmo com a ajuda da secretária/noiva Pepper (Gwyneth Paltrow) e do motorista/diretor Happy Hogan (Jon Favreau). O resultado são bebedeiras e perda de credibilidade. Principalmente depois que o vilão Ivan Vanko/Whiplash/Chicoe Negro (Mickey Rourke) ajuda a causar estragos na imagem de Stark, durante uma corrida de automóveis no circuito de rua de Mônaco (uma das melhores sequências do filme).
Enquanto Stark se perde em festas, bebida e no problema de saúde (um componente do reator que o mantém vivo também está envenenando seu organismo), Nick Fury (Samuel L. Jackson) e a S.H.I.E.L.D. aparecem para colocar ordem na vida do futuro Vingador.
A troca de Terrence Howard por Don Cheadle, no papel do coronel James Rhodes, amigo fiel de Stark e que até ganha sua chance com uma armadura, também foi uma escolha acertada. Cheadle dá mais seriedade ao papel.
Sobre a queridinha de Woody Allen, Scarlett Johansson, podemos dizer que poucas vezes uma heroína foi tão sexy. Sua boa interpretação da Viúva Negra é um ótimo complemento ao prazer de vê-la na telona.
Mas se o filme tem todas essas qualidades, porque não é melhor que o original? A explicação fica em alguns detalhes do roteiro, que pareceu menos lapidado do que o do filme de 2008. Mas superar o Homem de Ferro é uma façanha que pode demorar muito para ser atingida, o que significa que ser quase tão bom quanto é um elogio gigante.
Como disse no início, o filme deve lutar pelos recordes de Avatar, apoiado por uma série de produtos que vão deixar as crianças loucas e os pais bem mais pobres. São bonecos, máscaras e kits que prometem deixar muitos pequenos Homens de Ferro espalhados pelas ruas do Brasil e do mundo.
PS: Nas sessões para a imprensa não foi exibida a cena que aparece após os créditos e que, dizem, pode mostrar o Capitão América, que tem uma pequena citação no filme.
O captão américa aparece no filme mesmo e depois dos créditos tem o martelo de thor(quando aquele agente da shield “q esquecí o nome acho q é clouson sei lá kkk”vai ao novo méxico e encontra um buraco com o martelo.