Um ogro trabalhando na Sapucaí

Ogro (gordo), calorento, roqueiro. Tudo para dar errado numa cobertura de Carnaval no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Fazia tempo que não fazia uma cobertura lá (nem lembro qual foi o último ano que estive lá), mas, como macaco velho (era a minha 11ª ou 12ª cobertura como membro ou coordenador de equipe), fui lá, pensando apenas em sobreviver.

Para meu azar, o calor na cidade era infernal e não deu trégua em nenhum dia e minha credencial (concentração) deixava a sala de imprensa – único lugar com ar condicionado no qual podia chegar – bem longe.

Tirando um certo desconhecimento da história de famosos, gostosas e gente que faz parte de realities ou Malhação, tudo estava caminhando para ir bem. Levei meu protetor auricular (que se perdeu na segunda-feira) e fui confiante para o desfile das Escolas Mirins!

Tá, criança e samba é uma combinação que quem me conhece sabe que não acho agradável, mas foi bom para rever alguns coleguinhas, que sofriam na fila para pegar as credenciais. Mas a noite foi pouco produtiva.

Depois, foi só pauleira. Na sexta, 12 escolas do Grupo de Acesso, e 6 em cada noite do Grupo Especial. Tirando os decibéis das batucadas, os ânimos exaltados de alguns dirigentes e o desagradável barulho e poluição dos fogos de artifício que antecediam cada desfile. Era uma fumaceira e uma chuva de restos de papel das embalagens dos fogos, que parecia uma chuva de cinzas após uma erupção vulcânica. Falta de noção de quem confunde barulho com beleza.

As (minhas) vestimentas também foram sendo aprimoradas com o passar dos dias. Sim, já havia esquecido que os pés precisavam de um calçado muito confortável e não, não havia uniforme com o logo da empresa, etc. Fiquei social mesmo.

Tirando algumas pautas um pouco bizarras e a falta de acesso ao Sambódromo – não entrava nem no Setor 1 – foram dias de muitos flashes para a redação paulista.

No fim das contas os pés, dedos e batatas das pernas estavam em frangalhos. Minha atual condição física não ajuda, né?

Ah, outra reclamação importante: tá tudo muito pudico. Cadê os seios de fora, os tapa-sexo? Lamentável!

O Ogro agora quer distância. Quer rock, blues e boa música.

PS: Sabrina Sato é bonita mas não tem nada de oriental.

Fotos: Ag. News (belezas) e minhas (Concentração)


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