O cara parece gente boa, não se atrasou, foi simpático e respondeu todas as perguntas com boa vontade e profissionalismo que nem sempre são encontrados nos grandes astros que passam pelo Brasil. Tom Cruise riu, falou (muito) de família e de como adorou fazer Operação Valquíria, que estréia nos ciemas do país dia 13.
Cumprindo a agenda estabelecida, o astro de Missão Impossível, O Último Samurai, etc, participou da coletiva de imprensa com louvor. Baixinho, magro e ainda branquelo, Tom em nada pareceu o galã que é (era) sonho de consumo de 10 entre 10 mulheres (tá, o cara é melhor que eu, mas isso não é vantagem!).
Agora, a pior parte do trabalho foi ver uma pessoa que se disse jornalista – de um veículo da Região Serrana do Rio (me recuso a dar o crédito) – pegar o microfone para fazer uma pergunta e disparar:
– Tinha duas perguntas, mas vou fazer só uma (bã). Tenho um sobrinho de 13 anos que é louco por Missão Impossível e eu prometi que tiraria uma foto com você. Você tiraria a foto comigo?
PQP!!! No MEIO da coletiva!! Fiquei e estou com vergonha de ter alguém com essa atitude se dizendo jornalista. Podia pedir no fim da entrevista e tal… Seria ridículo, mas não atrapalharia os outros. Claro que o mediador logo avisou que o tempo estava acabando, porque – claro, também – Tom Cruise tirou a foto e mais uma outra com uma repórter que passou por todos só para isso. Lamentável!
Pior: provavelmente essa pessoa vai achar que marcou presença e fez algo diferente de todos (fez mesmo). Ficou com uma foto e deveria ficar com a certeza de que ninguém que estava naquele salão do Copacabana Palace jamais irá contratá-lo para nada. Talvez para presidente de fã clube.
Nota: As fotos (ruins) da coletiva são de minha autoria. Na matéria há fotos de melhor qualidade.
Nota II: Amanhã escrevo uma crítica sobre o filme.
Atualização em 5/2: Link para a crítica do filme.
Caro Fernando,
eu estava na coletiva de imprensa do Tom Cruise e, mesmo sem conhecer meu colega, resolvi “defende-lo”. Na boa, não sei se é inveja sua, ou falta de coragem que o cara teve e vc, pelo visto, não deve ter. Não achei nada de mais, foi até bom pra quebrar o clima chato e de panela da coletiva. O cara foi apenas sincero e fez algo que muita gente gostaria de fazer e não tem a famosa coragem.
Críticar os outros é fácil né meu amigo.
att,
Rgério
Caro amigo Feroli e colega Rogério que não conheço. Não estava na coletiva, nem precisava para cair fulminada de vergonha pelo coleguinha. Feroli reitero sua providencial expressão: PQP!!!!! KRALHOOOOO! Rogério, na boa, coragem de quê! De bancar o panaca em grande estilo! Isso deve ser coisa desse pessoal “deswcolado” de cultura. Trabalhei na editoria um durante um tempo vi e ouvi coisas inenarráveis. Não foi propriamente pelo pedido de autógrafo. Na minha época tb levei meu filho pra conhecer seus ídolos da época, hoje tb jornalista, ele quer morrer quando vê as fotos, mas pela falta de oportunidade! Interromper a coletiva é foda! Não dá pra aliviar o coleguinha Rogerio. Coleciono pérolas da época que pagava essa pena, vou contar umazinha só pra ilustrar. No meio de uma estrondosa coletiva de RC (rei para os culturados) uma repórter que graças ao primo alemão não lembro o nome, nem o veículo mandou a seguinte pérola: Vc é o rei pq é RC, ou é RC porque é o rei (isso foi uma perguntaaaaa… não descubro onde fica o sinal no lp!) pra completar, a Ivone Kassu, que não sei porque aborto da natureza me amava virou-se para euzinha, que estava lá no meio querendo permanecer invisível e disse: Marta faça uma pergunta inteligente, como se eu tivesseeeee! Eu queria sumir!!! rsrsrsrsrs…Se quiserem mais tenho uma coleção que dá um livro de auto-ajuda para repórteres sem noção…
PS – Feroli amei o blog!!!! beijos!
Coragem de fazer o que ele fez, ué? O cara é cinéfilo, só podia fazer uma pergunta e arriscou. Não achei que atrapalhou nada nem ninguém.Apenas isso. Ele não atrapalhou a coletiva, pois foi exatamente no final. Além do que, ela estava bem chata e com perguntas meia bombas.
Enfim, essa é minha opinião. Não da pra agradar gregos e troianos.
Fiquei torcendo (de verdade) para que ninguém tentasse defender nosso “coleguinha”. Fico incomodado quando Arquitetos, advogados, engenheiros e outros tentam se transformar em jornalistas, da mesma forma que não gosto quando alguém tem uma atitude tão ridícula quando o citado no post.
Vamos deixar algumas coisas claras.
1- Sim, gosto de criticar e nem preciso que me dêem munição tão boa quanto a do nosso companheiro da região serrana;
2- Todos haviam aceito as regras da coletiva, que pedia que não fossem feitas perguntas sobre qualquer assunto que não fosse o filme;
3- Tenho orgulho da educação da nossa classe (em comparação com os jornalistas americanos) em coletivas e na hora de conseguir alguma declaração. Nada de tumulto ou aquela “selva” que costumamos ver em qualquer evento. Nada de “No comments”. Por isso, fico incomodado com essas atitudes “terceiro mundistas”, que só servem para mostrar que não temos mesmo atitude.
4- Não, a coletiva não estava no fim. Chegou ao fim porque o mediador – como qualquer um faria – resolveu dar um basta, após o episódio.
Se queria uma foto, pedisse ao fim da entrevista ou fosse para a pré-estréia e se juntasse ao público (que também conseguiu fotos). O nome do “coleguinha” circulou em todos os veículos e em nenhum deles vi uma linha falando algo de positivo. Como disse, acredito que ele jamais será contratado por nenhum veículo sério, embora o nível das redações esteja caindo cada dia mais.
Rogério, respeito sua opinião, mas lamento que alguém ache normal a tietagem no meio de uma coletiva.
Fernando, Fernando, Fernando…”Fiquei torcendo (de verdade) para que ninguém tentasse defender nossa “coleguinha”:
1- Sim, vc diz que gosta de críticar. Porque será? Será que vc não tem capacidade de escrever um texto para VC ser críticado, ou, será que vc – como já disse antes- não tem coragem de ter atitudes que quebrem regras, sem ferir ou prejudicar ninguem? O que seria do mundo se ninguem tivesse tentado ser diferente ou fazer algo fora do comum para mudar certos conceitos?
2- Foram feitas perguntas que não tinham a ver com o filme sim, como sempre ocorre em toda coletiva de imprensa.
3- Pra começar, o termo terceiro mundista entre aspas já não e mais utilizado. Depois, vc esta sendo preconceituoso por taxar uma atitude dessas assim. Se você pesquisar bem, ou, se informar melhor, coisas desse tipo já aconteceram milhares de vezes em coletivas pelo mundo todo. Inclusive nos EUA, o top do primeiro mundo.
4-Sim, a coletiva estava no fim, sim senhor. Confirmo isso com certeza pois eu estava de olho no relógio para poder ter a chance de fazer a minha pergunta. Ele não terminou por causa do ocorrido, pois ainda tiveram umas duas ou 3 perguntas logo depois.
Pelo que eu sei, o nome do “coleguinha” não circulou por nenhum veículo – eu li matérias falando sobre o episódio e só usaram o termo jornalista ao se referirem a ele.
Pra finalizar, não acho normal uma atitude dessas, mas também não acho nada demais e muito menos me sinto ofendido com ela.
Att,
Rogério
Rogério, Rogério, Rogério,
Ia responder seu comentário com mais ‘sibstância’, mas acho melhor você ler novamente o que eu escrevi. Parece que você não prestou muita
atenção.
De qualquer forma, é uma pena alguém tentar defendê-lo.
O problema dessas novas gerações e de alguns dinossauros, é que eles pensam que ser jornalista é ser celebridade, até mesmo autoridade. Eles não pedem entrevista, exigem. Misturam o pessoal com o coletivo. Exemplos como deste coleguinha existem aos montes. Quer levar a foto para o filhinho, deixa para o final da coletiva. No local, você representa um veículo de informação e está exercendo uma profissão que possui um código de ética. Comporte-se. Ampliando a discussão, condeno a sapatada do jornalista iraquiano no Bush. Alí, na coletiva, ele é j-O-R-N-A-L-I-S-T-A e não militante político ou outra coisa. Não sabe separar ou não resiste às tentações, vá procurar outra profissão. Daqui à pouco, vamos achar normal o, ou a, jornalista ir entrevistar alguém e durante ou depois da reportagem, ir para cama com ele, ou ela. Coisa que já aconteceu. Em suma, o jornalista, no exercício da profissão, tem que ser calmo, frio e tentar ser o máximo imparcial possível. Vale o conceito “o bom jornalista não participa da cena e nem a produz. Apenas a ilumina”.