Roger Hodgson in Rio

Ag. NewsUm bom show musical acontece toda vez que o artista consegue conquistar a platéia. Um excepcional show acontece quando a platéia consegue conquistar o artista. Foi isso o que aconteceu na noite desta sexta-feira no palco do Vivo Rio, com Roger Hodgson, ex-líder do Supertramp (banda de grande sucesso no fim dos anos 70 e início dos 80).

Já que a minha crítica completa no Dia Online. foi tirada do ar, coloco abaixo o texto completo.

 

“ROGER HODGSON COLOCA O RIO AOS SEUS PES”

Publicado em O DIA

6 de Setembro de 2008

Um bom show musical acontece toda vez que o artista consegue conquistar a platéia. Um excepcional show acontece quando a platéia consegue conquistar o artista. Foi isso o que aconteceu na noite desta sexta-feira no palco do Vivo Rio, com Roger Hodgson, ex-líder do Supertramp (banda de grande sucesso no fim dos anos 70 e início dos 80).

O inglês, responsável por hits como ‘The logical song’, ‘Dreamer’ e ‘It’s raining again’, começou o show com ‘Take the long way home’, outro mega sucesso, perfeito para deixar todos aos seus pés e para receber uma ruidosa ovação do público. Se não bastasse, Roger pegou um maço de folhas de papel e se arriscou ao tentar falar várias frases longas em portugués. Depois, ‘Give a little bit’ e a certeza de que a noite estava ganha.

As conversas que aconteciam antes do show, falando do desconhecimento dos jovens em relação as músicas do Supertramp se mostraram uma preocupação que não se concretizou. A maioria de quarentões se misturava aos mais jovens e alguns mais velhos, em refrões a assobios que fizeram o cantor sorrir, demonstrar surpresa com a receptividade da platéia, sorrir para quem fazia a sua filmagem pirata e comentar com os membros da banda que estava tudo “muito legal”.

Por sinal, a banda que acompanha Roger Hodgson em sua turnê brasileira é um caso a parte. Normalmente o músico se apresenta sozinho ou acompanhado por apenas um saxofonista. Para a turnê brasileira ele recrutou músicos e acertou. Aaron McDonald (sax, gaita, piano, vocais), Jesse Siebenberg (baixo e voz) e Bryan Head (bateria) faziam apenas o segundo show juntos (o primeiro havia sido em Brasília, na quinta-feira) e não erraram uma nota (com destaque para Bryan, que arrebentou nas viradas e no peso que deu as músicas). Houve quem dissesse que era fechar os olhos e imaginar que estava ouvindo um disco do Supertramp. Perdeu quem fez isso e não viu o show de simpatia e satisfação dado por Roger.

Os arranjos e a seleção de músicas, que incluiu praticamente todos os hits compostos por Roger e algumas das mais belas composições da sua carreira solo, ganharam com a nova banda. Parece que a ausência de Rick Davies (fundador do Supertramp) e dos outros membros da banda deram mais liberdade e, apesar de ainda presente, livraram da obrigação do solo de sax em todas as músicas.

Depois de quase duas horas de apresentação, Roger e a banda saíram do palco para voltarem em um bis que começou com ‘School’ (que havia sido pedida pela platéia) e ‘It’s raining again’, que transformou a casa de espetáculos em um grande salão de festas onde todos levantaram, subiram nas cadeiras, dançaram, cantaram alto e deixaram um sorriso que não dava para esconder em todos que estavam lá, inclusive os músicos.


Veja Give a Little Bit AQUI.

Ouça as músicas que acompanham bem este blog

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Leia como foi o show de Roger Hodgson em São Paulo

4 Replies to “Roger Hodgson in Rio”

  1. Como fã de carteirinha do Supertramp e de Roger Hosgson, prá mim foi um prazer estar presente à sua segunda apresentação no Rio de Janeiro, cerca de dez anos depois da primeira.

    Aquele primeiro show foi antológico, até porque era a primeira vez dele no país. Praticamente solo, fez naquela data um show bem descontraído e voltou para quatro bis.

    Saiu surpreso com a receptividade, mas demorou dez anos para voltar. Deve ter sido a insistência de seus fãs, que tanto postam mensagens no seu website oficial http://www.rogerhodgson.com.

    Dez vez Roger fez um show mais elaborado, acompanhado por uma banda (excelentes músicos por sinal), em sua segunda exibição. Salvo pequenos acordes desentrosados, deu prá sentir a força e o sentimento do tecladista/saxofonista/clarinetista e backing vocal Aaron Mac Donald.

    Roger não inventou, e deu mais vigor às músicas, num tom bem mais interessante do que os arranjos do seu DVD (o meu, inclusive, mandei vir de Londres há um ano, pois somente agora está chegando por aqui). Além de algumas músicas clássicas, já comentadas aqui, surpreendeu a execução de Child of Vision e A Soapbox Opera, classicos do Supertramp, mas pouco tocadas por Roger.

    Ver e ouvir Fool’s Overture encerrando o espetáculo (antes do bis) foi de emocionar qualquer fã deste artista.

    Saio feliz e satisfeito. Possuo toda a obra deste artista e do Supertramp. Fique ainda mais feliz ao ver o Vivo Rio lotado, com pessoas de todas as gerações (inclusive crianças), cantando, dançando, saindo das mesas para se eglomerarem junto ao palco, ou seja, felicidade e satisfação geral. E fiquei super feliz em ver a felicidade de Roger, que prometeu voltar em breve, sem demorar novamente dez anos.

    Já vi Supertramp no Holliwood Rock, duas vezes Roger Hodgson; já vi Rush, Rolling Stones e Roger Waters. Agora falta ver Pink Floyd e David Gilmour. Espero que em breve.

    Viva o Rock Progressivo. Viva os Dinossauros do Rock!

  2. O comentario ai diz tudo o que foi esse Show, eu estava lá e me emocionei com sua simplicidade e ao mesmo tempo uma grandeza que o Roger sozinho é capaz de fazermos lembrar tudo o que representou o Supertramp.

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