Infelizmente, o câmbio não ajuda o brasileiro que quer visitar a Inglaterra, Escócia, País de Gales ou Irlanda
A saída do Reino Unido da União Europeia (o famoso Brexit) prometia cobrar um preço alto em termos de turismo, e isso está acontecendo.
O sentimento de “traição” por parte de grande parte das populações dos países do bloco era esperada. Com isso, o turismo proveniente de países da Europa tinha a tendência de diminuir.
Agora, o Visit Britain (órgão que cuida do turismo no Reino Unido) anuncia que o número de visitantes em 2021 será menor do que o registrado em 2020.
Bom para o turista brasileiro?
Esse cenário é algo que deveria animar os viajantes brasileiros.
A crise no abastecimento de combustíveis, de alguns produtos da cadeia alimentar e a queda do turismo dentro do continente europeu poderiam aumentar o custo da viagem, mas não é bem assim.
Porém, a queda no valor da libra torna o Reino Unido um destino interessante para os turistas de países mais distantes. Ele (Reino Unido) nunca foi barato, mas está menos proibitivo.
Quer dizer: “menos proibitivo para quem não vive no Brasil”.
As incertezas com a economia e as várias ações desastradas do Governo Federal fazem com que o real se desvalorize mais que a grande maioria das moedas do mundo em relação ao dólar, euro ou libra.
Hoje (23 de dezembro de 2021), a libra está custando R$ 7,59, um valor abusivo para quem pensa em ir até a terra da rainha, mesmo com eles nos querendo por lá.
Queda de 73% entre 2019 e 2020
O desespero bate a porta do setor turístico do bloco. A notícia que 2021 será pior que 2020 deixa muita gente de “cabelo em pé”.
Afinal, o número de turistas no Reino Unido caiu de 40,9 milhões em 2019 para 11,1 milhões em 2020 – uma queda de 73%.
Esse mau resultado do turismo britânico não segue a tendência da maioria dos países europeus. França, Espanha e Grécia, para citar apenas alguns dos destinos mais famosos, apresentaram uma forte recuperação (34,9%, 64% e 86%, respectivamente).
As razões para a não recuperação do setor
Os constantes aumentos de casos de COVID-19 no bloco, as várias mudanças nas regras para a entrada de turistas e, claro, os efeitos do Brexit, são apontadas como as principais razões para esta “crise”.
Além disso, empresários reclamam que o governo não tem feito investimentos de peso para a recuperação do setor, uma das maiores fontes de renda da economia britânica.
Esperemos que o Brasil consiga estabilizar a sua/nossa moeda e que todos possam apresentar o seu passaporte vacinal — sim, ele é exigido para entrar no Reino Unido — para que o Big Ben, os castelos, parques e museus possam ser visitados novamente.