Queda representa 46% em relação ao ano número de passageiros de 2019. Pandemia, restrições de mobilidade e cuidados da população com a saúde são as principais causas
O setor de transporte público sofre em todo o mundo. De Nova York até Londres, passando por Istambul, Buenos Aires e Rio de Janeiro, todos os modais de transporte sofrem para conseguir equilibrar as contas.
Portanto, não seria diferente a situação dos trens e do metro da maior cidade brasileira, São Paulo. Segundo informações oficiais, as linhas do Metrô, ViaQuatro, ViaMobilidade e CPTM realizaram 1,18 bilhão de embarques no ano passado, uma queda de 46% em relação a 2019.
Ainda longe da normalidade
Apesar do início da vacinação e de uma certa pressão para que as pessoas saiam de casa, como se a pandemia estivesse no “finzinho”, o número de passageiros ainda está longe de chegar perto da normalidade, em todos os modais, ramais e linhas.
Segundo o Metrô, as linhas que tiveram melhor performance foram a linha 13-Jade (queda de 29%) e 15-Prata (-30%). Os dois ramais acima são razoavelmente novos e ainda têm muito “espaço para crescer”.
Prejuízo considerável
Com essa queda no volume de pessoas transportadas era claro que o resultado financeiro não seria nada bom. Em 2020, o metrô paulista teve um prejuízo de R$ 1,7 bilhão, com uma queda de receita de 49,6%.
Em várias partes do globo as empresas vêm recebendo aportes e incentivos dos governos estaduais e municipais.
No Brasil, ainda não há uma política clara para ajudar as empresas, o que pode agravar (muito) a situação do transporte público.