Uma das diferenças entre o Metrô de Londres e os do Brasil é a necessidade de manter o ticket para poder entrar e sair das estações. Uma das pegadinhas do TfL, principalmente quando não existem catracas eletrônicas no local
O metrô de Londres é cheio de surpresas. Nessa quarta parte da nossa série, falaremos sobre uma pegadinha na qual só os “espertos” conseguem cair.
Como já dissemos em alguns posts anteriores, uma das diferenças entre o Metrô de Londres e o da maioria das cidades do Brasil é a necessidade de guardar o seu bilhete para poder sair das estações.
Isso acontece porque o metrô é dividido em zonas e os preços variam dependendo de onde se embarca e onde se desembarca. Ou seja, se comprar um ticket para viajar apenas na Zona 1 e tentar sair em alguma estação da Zona 3, as catracas não vão abrir.
Mas, você sabia que existem algumas estações onde não existem catracas eletrônicas para garantir a entrada e saída dos passageiros?
Como funcionam as estações sem catracas?
São nove estações com pelo menos uma entrada com essa característica — Whereas Chalfont & Latimer, Chorleywood, Finchley Central, Pinner, Waterloo, Woodside Park, Mill Hill East, Roding Valley e South Kenton — sendo que três delas (Mill Hill East, Roding Valley e South Kenton) não possuem catracas em nenhum lugar.
Enquanto as estações com pelo menos uma entrada “livre” estão espalhadas por diversas zonas, as três sem nenhuma catraca se localizam na Zona 4.
No lugar do controle eletrônico, funcionários do Transpor For London (TfL), empresa municipal que cuida dos transportes públicos da capital inglesa, ficam posicionados para garantir que ninguém entre sem pagar ou saia usando um bilhete incorreto.
Pegadinhas do Metrô de Londres (parte 1) — Wimbledon
Os espertinhos se dão mal
Por conta dessa “facilidade” alguns donos de imóveis de aluguel usam esse chamariz para anunciar suas propriedades como se tivessem uma “vantagem” para quem quiser economizar.
O problema é que os funcionários do TfL são super educados, mas igualmente intransigentes. Tentar dar calote acaba em multa e ate um processo.
Felizmente, empresas como a Airbnb e similares estão sempre banindo os proprietários que estimulam esse crime.
Portanto, não caia nesse conto do vigário de alugar uma casa ou apartamento perto de uma dessas estações pensando que pode economizar não pagando o metrô.
Se estiver em uma dessas estações e não encontrar nenhuma catraca e nenhum funcionário uniformizado, nosso conselho é: faça como os londrino e espere!
Falta de espaço
Por ser o sistema de metrô mais antigo do mundo, não é incomum encontrar estações (ou algumas entradas e saídas) pequenas, apertadas, sem escadas rolantes, elevadores ou… catracas.
O problema dessas estações é geralmente um: falta de espaço. Isso se deve por conta da idade das construções que podem parecer mais com escritórios ou banheiros públicos do que parte do sistema de transportes de uma cidade grande.
Pegadinhas do metrô de Londres (parte 2) — estádios de futebol
Calote pode sair caro
Apesar do preço salgado que uma viagem entre várias zonas do metrô pode custar, o Metrô de Londres possui um dos menores índices de evasão de tarifas (calotes) de todo o mundo.
Isso acontece por conta da educação dos londrinos e pelo sistema de controle do metrô, assim como de todos os outros modais de transporte da cidade.
Pegadinhas do metrô de Londres (parte 3) — fique atualizado sempre
Não tente dar calote, pode sair muito caro.