Pandemia deixa os corredores do museu vazios e oferece a chance de restaurar algumas das obras mais famosas do acervo do Louvre
Maior museu de artes do mundo (e o mais visitado do planeta) o Louvre abriga, entre as obras do seu acervo, ícones como a Mona Lisa e a estátua da Vênus de Milo.
Agora — fechado pela pandemia e sem data para a reabertura — os responsáveis pelo museu aproveitaram a calmaria nos corredores para fazer uma série de restaurações, inclusive (e principalmente) nas obras mais visitadas.
Mais de quatro meses sem público
O Louvre está fechado desde 30 de outubro, seguindo as (sábias) orientações do Governo da França, para evitar aglomerações e a disseminação ainda maior da COVID-19.
Antes da pandemia o Louvre chegava a receber até 40 mil visitantes por dia, a maioria querendo conhecer o sorriso de 518 anos da Mona Lisa.
Esses quatro meses fechado estão sendo aproveitado para deixar ainda mais bonitas as obras do museu.
Um grande número de profissionais — entre curadores, restauradores e especialistas em limpeza de obras de arte — aproveitam o vazio dos corredores para inventariar, limpar e restaurar as obras.
São 9 mil anos de história da humanidade guardados nas paredes do Louvre.
— Estamos aproveitando o fechamento do museu para fazer vários trabalhos de grande porte, acelerar os serviços de manutenção e começar trabalhos de reparos que são difíceis de agendar quando o museu está operando normalmente — conta Laurent le Guedart, Diretor de Patrimônio do Louvre.
Museu com tudo “novinho”
O museu tinha 10 grandes projetos de restauração que estavam adiados e que agora seguem a todo vapor, incluindo as alas de arte italiana, etrusca e a tumba de Mastaba de Akhethotep (datada de 2.400 AC).
— Quando o museu reabrir, tudo vai estar perfeito para os visitantes. Eles ficarão felizes em ver ou rever todos os ambientes totalmente remodelados — diz Elisabeth Antoine-Konig, curadora do Departamento de Artefatos.
O fechamento do Louvre é mais uma atitude responsável de governos que se preocupam com a sua população e sabem que sem pessoas não há economia que possa ser recuperada.
Com informações da AP e imagens do The New York Times