Decisão de banir carros movidos por combustíveis fósseis entrará em vigor a partir de 2030 e faz parte de uma “revolução industrial verde”, segundo o primeiro-ministro Boris Johnson
Há países e governantes que negam o aquecimento global, as mudanças climáticas e que acham que é aceitável destruir florestas em nome de um pretenso desenvolvimento econômico.
Já outros, como o do Reino Unido, veem na preservação do planeta uma oportunidade para a criação de empregos e desenvolvimento da economia. Pensando em uma “revolução industrial verde” o governo decidiu proibir a venda de veículos movidos a gasolina ou diesel a partir de 2030. Veículos híbridos ainda poderão ser fabricados e vendidos até 2035.
Essas novas datas (antes o banimento ocorreria em 2040) até preocupa as fabricantes de automóveis, mas seguem o calendário de vários outros países europeus.
Criação de 250 mil empregos
Muitas pessoas (de pensamento pequeno) dizem que essa mudança vai causar prejuízos para as empresas e até mesmo demissões. Entretanto, o resultado deve ser exatamente o oposto.
Segundo o primeiro-ministro Boris Johnson, a ideia é criar cerca de 250 mil empregos nessa “revolução industrial verde”. Sendo que esses empregos seriam apenas nas áreas de energia, transporte e tecnologia.
Os planos para o Brasil
Ao contrário do que muitos pensam, o Brasil estava no pelotão dianteiro das nações que pretendem acabar com os veículos movidos com combustíveis fósseis.
Em fevereiro, o projeto de lei 304/2017, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O projeto prevê a proibição da venda de veículos movidos a combustíveis fósseis (e até mesmo GNV) a partir de 2030.
Somente biocombustíveis (etanol e biodiesel) e carros elétricos poderiam ser comercializados.
Claro, que há exceções que, como sempre, “beneficiam” os próprios parlamentares. Essa proibição não alcançaria veículos oficiais, diplomáticos, de coleção e carros de visitantes estrangeiros.
Infelizmente, a proposta está parada desde o início da pandemia.E, como é bastante controversa e não conta com a simpatia do Poder Executivo, é bastante provável que não siga adiante.
Um dos pontos apontados como inviáveis pelos opositores ao projeto é a destinação da atual frota de automóveis, ônibus e caminhões. O que seria feito com esses veículos?
Bem, o projeto de lei não fala nada sobre isso.