Decisão foi tomada em assembleia geral de credores do Grupo Abril. Sede da empresa também será vendida
O pedido de recuperação judicial do Grupo Abril — pedido em agosto de 2018 — pode não ter sido uma grande surpresa, mas marcou um momento importante na crise dos veículos de comunicação impressos.
Agora, em decisão aprovada na última terça-feira (27) pela assembleia de credores da empresa, foi aprovado o Plano de Recuperação Judicial do Grupo Abril. Nele, ficou decidido que vários ativos serão vendidos, entre eles a marca Exame e o prédio onde fica a sede da empresa, na Marginal Tietê, em São Paulo.
Outros imóveis do grupo também serão vendidos para cobrir o rombo causado por más administrações, mais ou na mesma medida que a queda de vendas das publicações.
Os ativos, negociados como “unidades produtivas isoladas” no PRJ, serão leiloadas. Após a homologação do plano, a Exame terá um edital em até quatro meses. A sede na Marginal tem até 20 meses para ser leiloada e os imóveis em Campos do Jordão, que juntos somam mais de 750 mil metros quadrados, em até três anos.
Para onde irá a Exame?
Se o destino da Exame ainda é incerto — dizem que o banco BTG Pactual é o principal interessado na marca — os valores arrecadados já têm dono. Ex-funcionários, bancos, prestadores de serviços editoriais, estão na fila para receberem os valores que lhes são devidos.
Mas, mesmo que os valores arrecadados não sejam suficientes para quitar todas as dívidas, ainda há ativos que ficaram de fora dessa primeira fase e que podem render uns “bons trocados”. Entre eles estão a plataforma de eventos CasaCor e a empresa de logística Tex Courier.
Para dar uma noção do tamanho do problema da Abril, só com os funcionários as dívidas do grupo chegam aos R$ 100 milhões.
Com informações do Meio & Mensagem