Fantasia sobre a vida e obra de Elton John deve consolidar a nova leva de musicais no cinema e deixar muito dinheiro nos cofres da Paramount. Viva o Rocketman!
Rocketman, a cinebiografia/fantasia musical sobre a vida e obra de Sir Elton John, deve deixar sorrisos nos rostos de muitos executivos da Paramount, o estúdio responsável pela obra.
Melhor que o esperado
Para garantir o sucesso do longa, uma senhora estratégia de divulgação está sendo colocada em prática. Eventos em Las Vegas e até Cannes são alguns dos trunfos da Paramount. O envolvimento do próprio Elton é outro trunfo.
Até mesmo esse texto é uma prova de que a estratégia está funcionando.
Nesta segunda-feira foi realizada uma apresentação para a imprensa com alguns trailers, making of e um resumo de pouco mais de 15 minutos.A boa notícia é que esse resumo amarra bem as pontas soltas dos trailers e deixa a impressão de que o filme vai ser bem melhor do que o mostrado até agora.
Diferente da linha adotada em Bohemian Rhapsody — sobre a vida de Freddie Mercury — ou Nasce Uma Estrela — ficção que era baseada no talento e na química da dupla Bradley Cooper e Lady Gaga — Rocketman não tem a preocupação de ser tão verdadeiro quanto os longas citados, além de ter um protagonista real e que ainda está vivo e produzindo.
O que isso significa? Significa que haverá um componente emocional menor, mas uma obra bem mais extensa para ser aproveitada.
A personalização de Taron Egerton como Elton merece elogios, até mesmo suas interpretações como cantor — ele é o responsável pelos vocais da maioria das canções do filme — são bastante boas.
O produtor musical do longa, Giles Martin — filho daquele Sir George que produziu o maior grupo musical de todos os tempos — se derrete nos elogios, aparentemente com razão. Não dá para comparar com as versões originais, mas são versões de qualidade.
Cronologia alterada
Os fãs mais puristas e os críticos mais radicais vão torcer o nariz para os desvios cronológicos utilizados para dar mais força a algumas cenas e ventos (nada de spoiler aqui). Porém, como já disse, tudo é meio fantasioso, embora baseado em fatos reais.
Há canções mostradas com anos (às vezes décadas) de antecipação, em contraste com algumas recriações bastante fiéis ao que realmente aconteceu. No fim, a licença poética parece se tornar uma constante nesse tipo de produção (para o bem ou para o mal).
O filme estréia no Brasil no dia 30 de abril (um dia antes do lançamento nos Estados Unidos e alguns dias após a premiere na Inglaterra) e deve angariar uma nova leva de fãs para um dos maiores hitmakers da nossa história.
Anote na agenda e corra para comprar o seu ingresso!
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Uma versão deste texto foi publicada na Revista Ambrosia