Cidade também perdeu grande número de rotas domésticas
Poucos dias depois do anúncio de que a Iberia vai aumentar a frequência de voos entre Rio e Madri o jornal O Globo vem com uma manchete mostrando que a cidade vai perder os voos diretos para duas importantes cidades norte-americanas: Nova York e Orlando.
Cortina de fumaça
Pelo jeito o anúncio divulgado pelo governo do Rio sobre o aumento de voos da Iberia foi uma cortina de fumaça safada para encobrir uma realidade triste e que se mostra cada vez mais sombria.
A perda das rotas diretas para Nova York e Orlando é um golpe para um estado e uma cidade que lutam contra problemas financeiros, de segurança e péssimas administrações em ambas as esferas (municipal e estadual, para deixar bem claro).
Segundo a reportagem “a partir de abril, a American Airlines suspende a última linha regular operada entre o Rio e a Big Apple. Hoje, a Delta faz o último voo sazonal na rota. Também a partir de abril, a Latam interrompe operações diretas do Galeão para Orlando e Miami. Com a mudança, o trajeto para a Disney, por exemplo, pode ficar até seis horas mais longo para o carioca”.
Outro dado estarrecedor é que, “entre 2012 e 2018, o total de pousos e decolagens no estado encolheu 25%, para 192,3 mil, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”.
O Rio tem mesmo uma vocação turística?
Uma cidade com vocação para o turismo deveria se envergonhar de números como esses. Claro que não dá para fazer guerra de benefícios a essa altura do campeonato, com o estado em uma espécie de recuperação fiscal.
Com isso, outros estados, como São Paulo, se aproveitam para baixar impostos e atrair mais empresas e voos, deixando a situação fluminense ainda mais delicada.
As duas cidades que deixarão de ter voos diretos do Rio se juntam a Charlotte, Chicago e Dallas, cujos voos já haviam deixado o Galeão faz algum tempo.
Pelo jeito falta uma campanha para mostrar que vir ao Rio é um bom programa. Mas, talvez, seja melhor arrumar a casa antes disso.
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Qual a melhor opção?
Agora resta saber se a melhor opção será fazer uma escala em São Paulo ou Brasília ou ir até algum ponto dos Estados Unidos e encarar uma conexão. Somente o tempo (e os preços) poderão responder.
Com informações do jornal O Globo
Cara, tá pior do que parece