Publicação fica apenas com a sucursal do Distrito Federal e a sede, em São Paulo
A IstoÉ, que já foi uma das principais revistas semanais do Brasil, anunciou, este mês, o fechamento da sua sucursal no Rio de Janeiro. Apesar dos ótimos profissionais que já passaram pela reportagem da publicação no Rio, faz décadas que ela vinha sofrendo com a linha editorial e a edição das matérias produzidas na Cidade Maravilhosa. A decisão de acabar com a redação carioca é também mais um alerta da decadência do Rio como cidade e estado.
Crise financeira, a vilã de sempre
Como era de se esperar, a justificativa dada pela Editora Três para a decisão é a crise. A empresa vem sofrendo com o cenário econômico e, nos últimos anos, já extinguiu títulos e promoveu uma série de demissões. Claro que a linha editorial jamais é questionada. Afinal, a queda na reputação da IstoÉ só pode ser um complô e não pode estar relacionada com as escolhas feitas pela direção e pela qualidade da edição dos textos publicados.
Não publicar mais títulos como IstoÉ Gente e Status, que sempre tiveram ótima reputação entre os leitores mostra um descompasso entre o comercial, o editorial e a realidade do mercado. O Comunique-se chegou a informar que a mansão da família Alzugaray, dona da Editora Três, poderia ir a leilão para pagar algumas dívidas.
A IstoÉ mantém (em São Paulo) uma redação com 19 jornalistas. Isso não é pouca gente e reforça a queda na importância do Rio na produção de notícias que não sejam policiais.
Uma pena.