Com o trânsito cada vez mais caótico nas grandes cidades e as distrações as quais os motoristas estão expostos, sem contar os que insistem em dirigir alterados quimicamente, fica cada vez mais plausível a introdução dos veículos autônomos no nosso cotidiano. Nem mesmo o recente acidente (com morte) acontecido nos Estados Unidos deve abalar o avanço dessa nova tecnologia.
Só tenho dúvidas sobre essa colocação do Brasil. Não posso conceber que um país onde as ruas, avenidas e estradas são tão maltratadas possa estar tão preparado assim para os carros sem motorista.
A KPMG lançou o primeiro Índice de prontidão para o uso de veículos autônomos (Autonomous Vehicles Readiness Index – AVRI), que avalia o quão 20 países estão preparados para a introdução de veículos autônomos, além de destacar as principais práticas para ajudar as nações a acelerar a adoção desse tipo de transporte. O Brasil ocupa a 17ª posição no ranking, à frente de Rússia, México e Índia, outros países em desenvolvimento.
O índice avalia cada país de acordo com quatro pilares fundamentais para a capacidade de um país de adotar e integrar veículos autônomos. Dentre eles, o Brasil teve sua melhor posição na aceitação do consumidor (14º), seguindo por tecnologia e inovação (18º), infraestrutura (19º) e política e legislação (20º). Esses pilares são compostos de algumas variáveis que refletem a ampla gama de fatores que impacta a prontidão de um país para o uso de veículos autônomos, incluindo a disponibilidade de pontos de carregamento de veículos elétricos, as atividades de pesquisa e desenvolvimento, a disposição da população para adotar tecnologias e o ambiente regulatório.
“Em termos de regulação, ainda não observamos discussões sobre o tema no Brasil, entretanto, o novo programa automotivo do governo, o ‘Rota 2030 ‘, poderá incluir alguns tópicos relacionados a veículos autônomos. Atualmente, as principais discussões estão ocorrendo em fóruns e eventos relacionados aos setores automotivo e de telecomunicações. Ainda não há um planejamento específico do governo em torno da introdução do veículo autônomo no mercado brasileiro”, analisa o sócio da área de infraestrutura da KPMG no Brasil, Mauricio Endo.
A Holanda ocupa a posição mais alta no ranking, com pontos fortes que incluem uma ampla aceitação dos carros elétricos e uma alta densidade de pontos de carregamento para esse tipo de veículo, uma rede de telecomunicações robusta e testes de estrada já planejados em grande escala. Cingapura e os Estados Unidos são os outros países que estão na liderança do índice.
Ranking Geral
Holanda
Cingapura
Estados Unidos
Suécia
Reio Unidos
Alemanha
Canadá
Emirados Árabes Unidos
Nova Zelândia
Coreia do Sul
Japão
Áustria
França
Austrália
Espanha
China
Brasil
Rússia
México
Índia
Saiba mais sobre o AVRI e o desempenho de cada país acessando o relatório na íntegra.
Fonte: KPMG
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