Você que acessa a internet todos os dias certamente já deve ter ouvido falar no termo “cidades digitais”. Trata-se de um projeto do governo que possibilita a modernização da gestão dos municípios brasileiros com a implantação de infraestrutura de conexão de rede, tanto entre órgãos públicos quanto entre a população. Além de promover a distribuição de software para os setores financeiros, tributário, de saúde e educação, a iniciativa prevê a instalação de pontos de acesso gratuito à web em espaços de grande circulação, como praças e avenidas.
Agora, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil caminha para se tornar um país cada vez mais conectado. Só nos últimos dois anos, o número de cidades com conexões sem fio aumentou 83%. Em 2014, foram contabilizados exatos 1.457 municípios espalhados por 14 estados brasileiros que oferecem conexão sem fio para milhões de pessoas.
Entres os locais que já possuem Wi-Fi gratuito em locais públicos estão Fortaleza (CE), Juiz de Fora (MG), Boa Vista (RO), São Paulo (SP), Recife (PE), Fazenda Rio Grande (PR), Estância (SE), Porto Real (RJ), Pelotas (RS), Itajubá (MG), Petrópolis (RJ), Maracanau (CE), Belém (PA), Santa Luzia (MG), Jundiaí (SP), Uberaba (MG), Itanhaém (SP), Aracaju (BA) e Salvador (BA).
“Uma infraestrutura Smart Wi-Fi permite o acesso a Wi-Fi gratuito e de alto desempenho para milhões de moradores da cidade e visitantes nas zonas de serviço público tais como áreas de espera de hospitais, estações ferroviárias e metroviárias, escolas públicas, terminais de ônibus, parques e praças” destaca André Queiroz, diretor da Ruckus Wireless, fornecedora mundial de sistemas Wi-Fi de alto desempenho.
Segundo Queiroz, o Wi-Fi é um elemento chave para transformar os municípios em “cidades inteligentes”, onde os órgãos governamentais podem fazer o monitoramento remoto e gerenciamento de serviços públicos, como água, esgoto, eletricidade e fiscalização de estacionamento. “Com velocidades mais rápidas e melhores opções para a cobertura coletiva, o Wi-Fi não é apenas uma ferramenta para acesso à Internet, mas também para permitir uma ampla gama de serviços na cidade e melhorar a gestão dos já existentes”, diz.
O executivo também afirma que algumas cidades têm utilizado acesso público a redes sem fio para justificar os custos de instalação e manutenção da própria rede. Na prática, isso significa que as pessoas deixarão de gastar dinheiro com conexões de alta velocidade e poderão colocar esse dinheiro de volta na economia local, dando às cidades um retorno tangível sobre o seu investimento na instalação das redes.
Embora a adesão de cidades inteligentes em países da América Latina seja mais lenta do que em outras regiões do mundo, Queiroz explica que esse conceito tem se tornado uma resposta inevitável frente aos desafios urbanos.
“De acordo com a ONU, 70% da população mundial viverá em grandes cidades até 2050. Essa projeção torna atraente o modelo de infraestrutura de cidade inteligente, que com o uso do Wi-Fi podem se tornar mais eficientes e com melhorias significativas nos serviços oferecidos aos seus cidadãos, tais como educação, saúde, transporte e segurança. O conceito de cidade inteligente é uma solução cada vez mais tangível para enfrentar as demandas do novo ambiente urbano global”, conclui.
Fonte: Canaltech