Em qualquer tempo, principalmente em tempos de crise, é importante ter um bom sistema de seleção. No caso do jornalismo, é necessário saber enxergar além do óbvio. Sempre tive boa intuição para avaliar e escolher estagiários – alguns deles indo muito longe na profissão – e mesmo descontando alguns enganos (eles sempre acontecem) o saldo é positivo. A receita? Bem, não existe receita fechada, mas ter um teste atualizado e sobre assuntos variados e o famoso olho no olho na hora da entrevista são sempre mais efetivos que perguntas que sejam muito óbvias ou extremamente sem sentido. Aliás, como já falei aqui algumas vezes, concordo com a conclusão do pessoal do Google que descobriu que algumas técnicas mudernas de seleção servem apenas para dar importância aos profissionais responsáveis pela criação e utilização desses mecanismos do que para escolher a pessoa certa para o cargo certo.
Encontrei o texto abaixo, que cita mais alguns pontos que devem ser levados em conta na hora da contratação e não descordo deles.
O processo de seleção e contratação de funcionários é algo que sempre requer atenção. Não importa o tamanho da empresa ou sua área de atuação. É a força de trabalho que gera os resultados do negócio ou, pelo menos, grande parte deles. Por isso, uma escolha errada pode afetar a produtividade da equipe inteira e comprometer sua iniciativa.
Confira alguns cuidados que você deve tomar para não errar na hora de contratar:
- Saiba o que você procura
Saber apenas o título e descrição da vaga que será preenchida não é o suficiente. É preciso compreender que tipo de profissional e perfil a posição requer. Defina exatamente quais as qualidades e habilidades que se encaixam com atividades diárias do cargo, as ambições e motivações que são compatíveis com as da empresa e da equipe, o tipo de experiência que será um diferencial. Com tudo isso em mente antes de admitir funcionários, as chances de errar são menores.
Enquanto o currículo ainda é um item importante a ser analisado na seleção de um candidato, ele não deve ser o único. As informações contidas no documento, como experiência profissional e dados sobre a formação acadêmica, ajudam a entender o histórico do candidato, mas não servem de indicativo de quem ele realmente é. Focar demais no papel pode levar a uma interpretação que não condiz com a realidade. Alguém que aparenta ter a experiência perfeita para um cargo de gerência pelo currículo, por exemplo, pode não ter nenhum traço de espírito de liderança.
- Fuja das perguntas padrão
A entrevista é um momento essencial para a admissão de funcionários. Com ela, é possível observar a postura do candidato, sua forma de interagir e de pensar – informações que definem se alguém é compatível com a vaga oferecida e com a cultura organizacional da empresa. Mas, para conseguir reações autênticas e descobrir as motivações dos candidatos, é preciso fugir do lugar comum. Com perguntas padronizadas, você pode conseguir apenas respostas ensaiadas e acabar contratando funcionários desmotivados e incapazes de se adaptarem a mudanças e adversidades.
Fonte: Administradores