Quem trabalha muito, erra muito. A sentença é velha e verdadeira, mas há casos de erros jornalísticos que nem essa máxima justifica. Não gosto muito de divulgar esses vacilos, mas há alguns que são imperdíveis (confira outro histórico).
Há 84 anos no mercado, o jornal O Imparcial de Araraquara, interior de São Paulo, cometeu um equívoco ao usar a capa da Playboy, da Editora Abril, para ilustrar uma reportagem de seu impresso. Ao falar sobre revista íntima nos presídios, que é aquela típica fiscalização pela qual as pessoas passam ao visitar alguém que está preso, o jornal, ao fazer a arte, confundiu o assunto e acreditou estar noticiando algo sobre publicações para adultos.Veiculado na quarta-feira, 17, com o título “Conselho recomenda fim da revista íntima em presídios”, o jornal escreveu texto de três colunas explicando que a resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que é ligado ao Ministério da Justiça, recomendou o fim da fiscalização a fim de evitar situações “vexatória, desumana ou degradante”.
A resolução não se trata de uma lei, mas sim de orientação para que os estados comecem a abolir a revista íntima nos presídios. A ideia é que o procedimento comece a ser feito por meio de detectores de metais, aparelhos de raios-X, scanner corporal ou identificadores de armas, explosivos e objetos ilícitos.
O problema com a reportagem de O Imparcial está na ilustração. Ao fazer a arte, a informação foi confundida com “revistas de conteúdo adulto”, o que acabou trazendo para a diagramação a capa da Playboy com a ex-panicat Aryane Steinkopf.
Na edição de hoje, o impresso resolveu falar sobre o assunto na coluna ‘Quebra Queixo’ e explicar o que aconteceu. “Nós aqui do jornal rimos da confusão promovida pelo montador de página que perguntou ao editor como deveria ilustrar a matéria no que este, tirando o sarro, respondeu: com uma Playboy. E não é que saiu!!! Resultado: se cobrir vira circo e se cercar vira hospício”.
Veja, abaixo, a íntegra da nota
A matéria “Conselho recomenda fim da revista íntima” que saiu junto com uma capa da revista Playboy ganhou as redes sociais pela analogia, ou seja, proibida revista íntima sendo que a referida revista é voltada para o público masculino. Experientes e competentes jornalistas ressaltavam que não sabiam se rolavam de rir ou se rasgavam o diploma, e muitos outros, com o objetivo talvez de dar um up na vida sem graça que levam, compartilharam o post para os coleguinhas que como espelhos deveriam estar ávidos por um erro alheio e muitos sedentos, pois com a estiagem, muitos estão economizando a fonte do respeito e da compreensão. Nós aqui do jornal rimos da confusão promovida pelo montador de página que perguntou ao editor como deveria ilustrar a matéria no que este, tirando o sarro, respondeu: com uma Playboy. E não é que saiu!!! Resultado: se cobrir vira circo e se cercar vira hospício.
Fonte: Comunique-se
Minha nossa. Não sei o que foi pior, o publicado ou a explicação.