Com um público de mil pessoas de todos os lugares do mundo, a Bitcoin Conference 2014, realizada em Amsterdã, apontou tendências importantes para o futuro do bitcoin. O evento, promovido pela Bitcoin Foundation, destacou que a moeda digital deve ser mais disseminada, regulada e menos volátil em 2015.
O encontro também debateu temas centrais como as carteiras multi-sign, a relação entre o bitcoin e os aplicativos de mensagens instantâneas e também a maior penetração da moeda nos países com inflação em alta – caso do Brasil atualmente.
Para Flavio Pripas, CEO da exchange brasileira Bitinvest, uma das tendências que justificam o cenário de consolidação do bitcoin é a proliferação dos serviços que deixam a parte técnica de lado e permitem ao usuário de uma carteira de Bitcoins conectar-se diretamente com sua conta bancária e fazer transferências instantâneas entre dólares e a moeda digital com uma taxa próxima de zero. “Tudo isso de forma muito segura”, afirma o executivo.
Pripas conta que alguns paineis abordaram 2014 como o ano em que estão em alta as chamadas carteiras multi-sign (múltiplas assinaturas). Com elas é possível adicionar diferentes usuários (endereços de destino para as transações) em uma mesma carteira, possibilitando agrupar pessoas envolvidas em um mesmo negócio e tornando mais seguras movimentações cotidianas nas empresas, por exemplo. “Em uma carteira do tipo multi-sign é possível que dois de três sócios de uma empresa aprovem uma transferência”, explicou o CEO, acrescentando que esta modalidade, ele acredita, é um importante instrumento para a intensificação do uso do bitcoin em 2015.
Porém, quais mercados estão “no alvo” para ter a moeda digital tão inserida no dia a dia de empresas e pessoas? Pripas responde: “Economias com maior inflação (tais como o Brasil, atualmente) têm grande potencial, já que o bitcoin como moeda proporciona o ambiente propício para menores taxas, tornando transações mais viáveis”, afirma Pripas.
Fonte: IDG Now