O novo CD do grupo britânico Stereophonics – Graffiti on the train (Lab 344) – traz a banda com um som que não foge muito do seu ótimo rock, mas com letras bem mais adultas que os discos anteriores. Formado atualmente pelo guitarrista e vocalista Kelly Jones, o baixista Richard Jones, o baterista Jamie Morrison e o guitarrista Adam Zindani, o Stereophonics está na estrada desde 1997, quando lançou Word Gets Around, conquistando o respeito de roqueiros de peso como Pete Townshend, do The Who.
Kelly Jones & Cia. mostram que, mesmo contrariando muitos críticos descolados da Inglaterra, evoluir musicalmente não significa uma mudança radical de rumo. As canções Indian Summer e Graffiti on the Train fizeram bonito na parada indie inglesa e ainda abocanharam o top 50 da parada regular, o que não é pouco.
Os vocais de Jones e os temas – que passam pela morte e por relacionamentos mal-sucedidos – já são uma boa razão para ouvir o disco, mas é no som das guitarras que reside o maior apelo de Graffiti on the train.
Uma versão deste texto também foi publicada no jornal O Fluminense