Alta Fidelidade (Som Livre), o quinto disco solo de Wilson Simoninha, que como o nome não deixa dúvidas é filho do grande Wilson Simonal, é, como o próprio artista diz: “um disco simples, que fala das coisas simples da vida, do cotidiano, fala de amor, dessas coisas pequenas e importantes“.
Das 12 canções do novo álbum, dez tem a autoria ou a coautoria de Simoninha (a única exceção são as duas versões de Falso Amor, composta por Jair Oliveira) e trazem o cantor em um território que ele conhece e domina muito bem: o balanço.
“A ideia não foi buscar uma sonoridade completamente diferente do que eu venho fazendo, mas eu queria trazer algum frescor, um toque de novidade, que é sempre importante“, completa.
E foi isso que Simoninha conseguiu. Acompanhado quase sempre por arranjos onde se destacam os metais e uma temática que quase nunca foge do amor, seus desencontros, desilusões e euforias, o artista – que é carioca, mas viveu a maior parte do tempo em São Paulo – ainda acrescenta paisagens e imagens tipicamente cariocas em composições como Meninas do Leblon e Nós Dois, além de flertar com o futebol – em Paixão (Meu Time) – e com o universo das paqueras nas quadras das escolas de samba – em Morena Rara.
Alta Fidelidade é um disco daqueles que dão prazer escutar. Palmas para Simoninha.
Uma versão deste texto foi publicada no jornal O Fluminense