No último fim de semana uma série de boatos envolvendo o programa Bolsa Família inundou o país, através da internet e do bom e velho boca a boca. Os rumores eram vários – fim do programa, depósito de uma quantia extra, etc – e ocasionaram filas enormes nas agências bancárias, confusão e até quebra-quebra (com hífen?). Porém, o que mais me impressionou foi o nível das pessoas que foram procurar o seu benefício e as explicações sobre como souberam das notícias.
Até onde eu saiba, o Bolsa Família é destinado para pessoas de baixíssima renda (que recebem entre R$ 70 e R$ 140), o que me leva a crer que são pessoas humildes, que moram em locais distantes e, consequentemente, têm pouca instrução. Porém, o que se via eram pessoas bem vestidas, crianças muitíssimo bem alimentadas e cuidadas (ainda bem). Algumas delas chegaram a afirmar que souberam dos boatos pela internet?
INTERVALO
Como assim, soube pela internet?? Pessoas que recebem o Bolsa Família têm internet em casa?
FIM DO INTERVALO
Pelo jeito o assistencialismo, o jeitinho e a corrupção estão falando bem mais alto na hora de escolher quem deve ter direito ao benefício. Aliás, a quantidade de Bolsas que existem é de assustar. O Auxílio Reclusão, por exemplo, é maior do que a maioria das aposentadorias pagas no país! Gente, na boa, até achava justo cotas para negros e pobres e alguns desses auxílios monetários, mas o uso desses mecanismos para beneficiar quem não merece e angariar votos é nojento.
Será que essas políticas populistas vão mesmo ajudar no desenvolvimento do nosso país?
PS: A culpa não é apenas dos políticos, mas também da parte da população que prefere chupar qualquer ganho fácil (eco da Lei de Gérson).