Estudo global sobre software pirata, realizado pela IDC, sob encomenda da Microsoft, revela que no Brasil, é possível identificar que em dois anos, 50% dos consumidores com software pirata tiveram que reinstalar o programa e 57% optaram por desinstalar o programa porque estava prejudicando a performance da máquina. Além de perderem mais de 61 milhões de horas de consumo devido ao malware.
“A utilização do software não original prejudica não só a experiência e segurança do consumidor, como pode causar uma situação de concorrência desleal entre as empresas”, afirma Eduardo Paranhos, diretor de propriedade intelectual da Microsoft Brasil. “E as despesas das corporações que optam por utilizar o produto não licenciado é muito alto, pois precisam lidar com malware e o gasto nos últimos dois anos no Brasil, segundo a pesquisa do IDC, foi de US$ 6,4 bilhões”, acrescenta o executivo.
A incorporação de software falsificado com malware é o novo método que criminosos utilizam para afetar usuários que não conhecem o perigo potencial destes tipos de programas. A pesquisa também explorou o nível surpreendente de instalações de software feitas pelo usuário final em computadores corporativos, expondo um outro método para a introdução de programas maliciosos no ecossistema local de trabalho.
Embora 38% dos gerentes de TI reconheçam que isso acontece, 57% dos trabalhadores admitem que instalem software pessoal em seus computadores de trabalho. O que é alarmante é que os inquiridos disseram ao IDC que apenas 30% dos programas eram livres de malware. 65%dos gerentes de TI concordam que o software instalado pelo usuário aumenta os riscos de segurança na empresa. Para muitos, estes programas são uma brecha na segurança da rede das companhias.
Ainda de acordo com o estudo, embora alguns usuários procurem ativamente por softwares piratas com a intenção de reduzir custos, as chances de infecção por malwares inesperados atingem um a cada três consumidores e três a cada 10 empresas. Como resultado destas contaminações, a pesquisa mostra que os consumidores vão gastar 1,5 bilhão de horas e US$ 22 bilhões para identificar, reparar e recuperar seus equipamentos do impacto dos códigos maliciosos (malware), enquanto que empresas transnacionais irão gastar US$ 114 bilhões para lidar com o impacto de um ataque cibernético induzido por malware.
O estudo global analisou 270 sites e redes peer-to-peer (P2P), 108 downloads de software, 155 CDs ou DVDs e entrevistou 2.077 consumidores e 258 gerentes de TI ou CIOs no Brasil, China, Alemanha, Índia, México, Polônia, Rússia, Tailândia, Reino Unido e Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que se o software falsificado não vem com o computador, em 45% das vezes ele vem da Internet. Destes, 78% são baixados de sites ou redes P2P, neles foi identificado algum tipo de spyware, enquanto que em 36% deles foram detectados Trojans e adware.
A realidade do cybercrime é que falsificadores interferem no código do software para inserir o malware e alguns deles registram cada toque de tecla que uma pessoa faz, permitindo que criminosos virtuais tenham acesso a informações pessoais e financeiras ou ativem remotamente o microfone de um computador infectado ou a câmera de vídeo. A melhor maneira de proteger é exigir software genuíno ao comprar um computador.
Abaixo seguem os destaques da pesquisa realizada com consumidores:
• 60% dos entrevistados sabiam que estavam utilizando software falsificado e tiveram problemas com segurança.
• Em 45% do tempo, o software falsificado havia diminuído a velocidade de seus PCs e o software teve que ser desinstalado.
• 48% dos entrevistados disseram que sua maior preocupação com o uso de software não licenciado era a perda de dados.
• 29% eram mais preocupados com roubo de identidade.
Fonte: Convergência Digital