Depois de muito tempo fui obrigado a escrever sobre tecnologia, uma área que é (e sempre será) uma paixão e na qual fiz alguns bons e queridos amigos. Um mundo onde os jornalistas não ficam querendo matar uns aos outros atrás de um furo.
A escrita – simples e explicativa – fluiu com facilidade, mesmo apressado por um deadline normalmente inexistente no mundo online. Abaixo a primeira das matérias publicadas nesta terça-feira no jornal O Fluminense.
Brasileiros passam cada vez mais tempo ligados na internet
Além da liderança em número de usuários em várias Redes Sociais – desde os tempos do praticamente finado Orkut – os internautas brasileiros também se destacam no número de horas conectadas por mês. Segundo levantamento realizado pela comScore, são 27 horas mensais gastas pelos brasileiros na grande rede. Esse número é, em média, maior que o de vários países do continente, como Argentina, Uruguai e Paraguai, só para citar alguns.
Desse total de 27 horas, a maior parte (36%) é mesmo gasta em Redes Sociais, com clara liderança do Facebook, onde, em dezembro do ano passado, quase 44 milhões de brasileiros estiveram pelo menos uma vez. Outro ponto que merece destaque é o volume de publicidade online e de comércio eletrônico, que crescem em índices muito mais altos que os do PIB. Em 2012, o volume publicitário chegou a registrar 789 bilhões de impressões de anúncios, na sua maior parte veiculadas em portais e, claro, Redes Sociais. Já o comércio eletrônico subiu 9% durante o ano, mostrando que o brasileiro está cada vez mais adepto do hábito de comprar sem sair de casa.
“Essa é uma tendência que não pode ser mais ignorada ou tratada como “coisa do futuro”. O brasileiro é um dos povos mais conectados do mundo e, tanto o comércio eletrônico quanto o uso das Redes Sociais, precisam ser encarados como ferramentas fundamentais para o crescimento de qualquer empresa, seja ela de serviços ou do ramo comercial”, afirma José Ignácio Dante, consultor estratégico de propaganda e marketing.
Outros dados importantes do estudo mostram que o acesso através de equipamentos móveis (tablets, smartphones, etc) alcançou quase 6% dos page views, um recorde, e que o consumo de vídeos – principalmente através do YouTube – aumentou 18% no último ano.
A mobilidade é outro aspecto que deve ser tratado com muita seriedade. Hoje, a queda no número de venda de computadores de mesa nos leva a crer que os gadjets vão mesmo se tornar a principal fonte de conectividade em todo o mundo.