De acordo com a pesquisa realizada pelo International News Safety Institute (INSI), pelo menos 70 jornalistas e outros profissionais de mídia morreram durante cobertura no primeiro semestre deste ano. Neste período, os piores países para jornalistas, segundo a pesquisa, foram Nigéria, Brasil, Somália, Indonésia e México.
Diretor do INSI, Rodney Pinder, afirma que as armas e bombas continuam como método preferido de censura em muitos países. “Jornalistas estão mais do que nunca na mira dos inimigos da liberdade de expressão. Toda e qualquer morte sufoca o fluxo de informações, sem o qual nenhuma sociedade livre pode funcionar”, declara.
Nos últimos dez anos, a taxa de impunidade dos assassinos se manteve constante no mundo em aproximadamente 90% das vezes. Sobre o Brasil, Pinder mencionou a cobrança da Asssociação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) na apuração do caso do jornalista Décio de Sá, assassinado em abril.
Esses crimes silenciam os repórteres e “avisam” de que não se deve cobrir em certas áreas. Em diferentes países, os jornalistas deixam de registrar algumas questões. “Esses cantos obscuros da sociedade não estão sendo expostos como deveriam”, conclui.
Fonte: Comunique-se