Bem, como disse na primeira parte desse post, era a hora de experimentar os tintos. Novamente ficava a dúvida do que experimentar primeiro: italianos, franceses,
alemães, americanos, argentinos…
Assim como fiz com os brancos, comecei com nossos vizinhos argentinos da Catena Zapata. Dos vários e ótimos rótulos que provei, ficaram na mente a suavidade do Angelica Zapata Cabernet Franc, o equilíbrio do Estiba Reservada, um Cabernet Sauvignon que passa longe do excesso de potência da
maioria dos Malbecs que fazem a fama dos hermanos.
Por falar em potência, a próxima parada foi no stand da Masi, onde os
Amarones são os reis. Como disse o brilhante companheiro Oscar Daud (que pilota o blog Enoeventos), são vinhos que quase podemos comer com garfos, de tão potentes, complexos e quase gelatinosos. Perfeitos para os dias frios e chuvosos (mesmo os do Rio). Um dia preciso visitar o Vêneto.
Para não ficar escrevendo sem parar, vou direto aos vinhos que merecem uma atenção (e compra) maior. Primeiro os Zinfandel da Seghesio Vineyards (Califórnia). Foram 3 rótulos, todos mostrando maciez, uma boa quantidade de frutas frescas e um sabor bastante complexo. Mereciam uma degustação a parte. Não consegui decidir qual deles era o melhor. E olhe que nem sou fã dos vinhos norte-americanos.
E, por fim, a grande descoberta (para mim, pelo menos): os Pinot Noir produzidos pela vinícola Felton Road, da Nova Zelândia. Se o país é muito fraco no futebol, mostra-se muito promissor na produção de bons vinhos. O Block 5 (2008) é daqueles vinhos que aliam a cor clara e tipicidade dos Pinot Noir com aromas adocicados e um corpo bastante equilibrado e taninos finos. Um vinho que deixou saudades (não por muito tempo, espero).
Novamente fica a sugestão de que ampliem o evento no Rio. Definitivamente um dia é muito pouco, para a variedade apresentada pela Mistral.
Encontro Mistral
10 de junho de 2010
Das 17h até 21h30S
heraton Rio Hotel & Resort