O nome é Bond…James Bond! Após 46 anos – desde sua estréia no cinema – e mais de 20 filmes depois, o agente secreto do MI6 ganha uma coletânea com as músicas de todos os seus filmes originais (descontando alguns feitos sem a chancela da EON, empresa que mantém os direitos sobre a série).
O CD/DVD lançado pela EMI (The Best of Bond…James Bond) é uma viagem no tempo e serve para contar e entender a metamorfose do agente que tem licença para matar. Se o primeiro 007 (Sean Connery) era uma mistura da figura de macho, pouco elegante, mas com charme suficiente para levar quem queria para a cama, sua última encarnação (Daniel Craig) consegue ser ainda mais bronca. Também não podemos deixar de lembrar do sarcasmo, elegância e uma certa canastrice de Roger Moore e devemos tentar esquecer alguns outros (medíocres) intérpretes.
Com a música de James Bond acontece o mesmo. Colocadas em ordem cronológica, as canções temas dos filmes originais (e mais duas versões do tema de 007) montam um painel sonoro que mistura Shirley Bassey (Goldfinger, Moonraker e Diamonds Are Forever), Tom Jones (Thunderball), Paul McCartney (Live and Let Die), Madonna (Die Another Day), Duran Duran (A View To A Kill) e Carly Simon (Nobody Does it Better). Assim como os atores, é fácil saber se um filme é bom só pela trilha. Mesmo nomes de peso como Madonna e Gladys Knight são perdoados pela má qualidade de seus temas, muito porque os longas para os quais emprestaram seus talentos musicais merecem serem esquecidos.
O DVD que acompanha a coletânea tem seis clipes e apresentações ao vivo, além de um (mini) documentário sobre a música de James Bond. Para quem acompanha as aventuras de 007 em todas as suas encarnações, The Best of Bond…James Bond é item obrigatório. A não ser que você seja daqueles que (infelizmente) acha que comprar CDs e DVDs é algo fora de moda.
Abertura do filme O Espião Que Me Amava (1977)
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