Depois de meses de espera finalmente chega ao mercado
o CD e o DVD Nosso (Paula Toller) gravados em 12 de agosto no Oi Casa Grande (eu estava lá). Esse era um dos lançamentos mais esperados por mim, que, apesar de achar que o show registrado não foi o melhor da turnê Só Nós e que o Vivo Rio deveria ser o local da gravação, tinha certeza de que a música era de primeira e valeria o investimento.
Recebi o DVD na quinta-feira e para não furar o companheiro Ricardo Calazans, que teve o privilégio de falar com La Toller e terá sua crítica publicada amanhã (segunda) no O DIA, resolvi publicar minhas impressões somente aqui. Admito que a primeira impressão ao tirar o DVD do envelope onde estava não foi das melhores. A foto escolhida para a capa (ai do lado) não faz jus a elegância da sua intérprete, do repertório e do cuidado com a filmagem e edição do DVD. Melhor seria uma bela foto de Paula sentada ao piano em um lindo vestido preto cantando Grand’ Hotel. A foto um tanto fora de foco de Paula no meio do púbico com um vestido colorido não agradou (minha opinião, que quase sempre está certa).
Numa época onde é mais fácil achar um DVD os camelôs do que nas lojas, um item importantíssimo para seduzir o consumidor é a parte gráfica do trabalho. Se a foto de capa já não ajuda muito, a falta total e completa de um libreto com fotos, ficha técnica e outras informações, me faz temer pelo sucesso comercial do projeto (que é independente e não conta com uma verba monumental e o apoio de uma gravadora). Fica menos doloroso para um fã menos consciente ir para o piratão. Afinal, não vai deixar de receber nada, pois o produto original (pelo menos o DVD, já que ainda não vi o CD), vem seco.
O kit recebido pela imprensa é formado pelo DVD e por um release muito bem escrito pelo coleguinha de redação Mauro Ferreira, mas o que realmente interessa é a música e a imagem da bela cantora. Paula mixou o repertório de seus dois discos solos e acrescentou uma ou outra música que não consta desses lançamentos. Uma diferença estranha entre o CD e o DVD: a ordem da música no CD está diferente do DVD e da ordem normal do show. Por que? Ninguém sabe. Os arranjos elegantes e com um toque de pop/jazz, a voz afinadíssima de uma Paula deslumbrante com suas pernas e cachos, garantem a satisfação de quem for assistir ou ouvir o concerto (repito que não entendi a ordem escolhida para o CD). O som foi melhorado, ressaltando a voz da cantora, que esteve um pouco baixa no dia da gravação. It’s All Over Now, Grand’ Hotel, O Q é Q Eu Sou (composta por Erasmo Carlos), Oito Anos e Fly Me To The Moon, são alguns dos pontos altos do projeto.
Closes em músicos instrumentos platéia e na beleza da intérprete tornam o DVD um bom exercício de direção, que vai dar prazer para todos (até mesmo quem não se vê na platéia, como eu!!). Nosso já pode ser encontrado na maioria dos sites e é um daqueles belos presentes para dar no fim de ano (a não ser que você ache que comprar CDs e DVDs saiu de moda).
Quem quiser conferir se estou certo ou errado nos elogios, pode conferir Paula Toller nesta segunda (8/12) no Teatro Rival, às 19h30, de graça, dentro do projeto Palco MPB. Para saber mais detalhes vá até o Atrás de Diversão.
PS: Ótima a edição da canção Glass, que conseguiu esconder um penteado despenteado do convidado e compositor da canção, Kevin Johans. O maridão de Paula mandou bem na direção.
Fotos: Christian Gaul