O trem que atravessa o Canal da Mancha teve uma queda de 82% nas receitas desde o início da pandemia
Todos os que gostam de viajar, principalmente de trem, e que já fizeram o trajeto Londres/Paris (ou vice-versa) provavelmente já experimentaram o Eurostar.
Nós, do Blog do Feroli, já falamos bastante sobre ele e ficamos preocupados quando lemos que a empresa passa por sérias dificuldades financeiras e pode até falir.
Segundo a empresa, o Eurostar perdeu 82% do seu faturamento no último ano por causa da pandemia, que fez com que o número de viajantes despencasse.
Ajuda governamental para manter o trem
Segundo o diretor-geral do Eurostar, Jacques Damas. o serviço pode se tornar inviável sem uma ajuda financeira dos governos da França e do Reino Unido.
“Um desastre é possível”, disse Damas sobre a possibilidade de um pedido de falência. Segundo o executivo, a empresa só tem caixa para pagar suas dívidas até o segundo semestre deste ano.
Uma das razões para os problemas da empresa é que ela precisa atender as regras sanitárias dos vários países para onde o trem viaja em suas várias rotas (França. Bélgica, Holanda e Inglaterra).
Hoje, somente um trem faz o trajeto Londres e Paris e outro percorre o trecho Londres-Bruxelas-Amsterdã (normalmente, são 18 trens). Para piorar, 80% dos vagões fazem as viagens totalmente vazios.
Eurostar toma medidas de emergência
Para tentar reduzir os gastos, o Eurostar colocou boa parte de seus funcionários de licença, pediu um aporte extra dos acionistas e ainda fez um empréstimo de aproximadamente R$ 3 bilhões. Mesmo assim, a possibilidade de falência é bastante real.
Infelizmente, até agora, nem o governo britânico, nem o francês acenaram com alguma atitude prática. Os dois governos se limitam a dizer que “estão estudando alternativas” para ajudar o Eurostar, assim como todo o setor de transporte.
Em 2019, o Eurostar transportou mais de 11 milhões de passageiros. Ele faz a viagem entre Londres e Paris em menos de três horas, sendo uma ótima alternativa aos aviões.
Com informações da BBC e do Financial Times