Queda no número de passageiros por causa da pandemia fez com que a empresa que comanda o transporte público de Londres ficasse em situação financeiramente delicada e atualizasse as tarifas
Uma das principais características dos moradores de qualquer cidade do mundo é reclamar da qualidade e do preço dos transportes públicos, até mesmo nas cidades onde esse transporte funciona de maneira mais que eficiente.
Esse é o cado dos londrinos, que já estão reclamando do aumento de preços que entrará em vigor a partir de 1 de março. A “Transport for London” (empresa que controla os transportes públicos na capital inglesa) passa por problemas de caixa, como na maioria das cidades do mundo, já que o número de passageiros caiu absurdamente por conta da pandemia.
Aumento acima da inflação
O aumento será (em média) de 2,6%, um pouco acima da inflação do país e que vai, por exemplo, majorar de £1,50 para £1,55 o bilhete que permite que a pessoa use ônibus, bondes e VLTs quantas vezes quiser pelo período de 1 hora.
Esse aumento, que já havia sido adiado por dois meses, exatamente por conta da pandemia, é necessário para diminuir o tamanho da ajuda financeira que a empresa precisará pedir ao governo londrino.
Importante salientar que esse é o primeiro reajuste na tarifa de transportes nos últimos 5 anos!
Percentuais diferentes de reajuste
Uma das maneiras de amenizar os efeitos desse reajuste foi não fazê-lo de maneira uniforme. Assim, as pessoas que moram mais longe e as de regiões mais pobres da cidade poderão ter um aumento menor nas tarifas.
O mapa do metrô de Londres (que é dividido em zonas) mostra como é complexo o sistema e isso se reflete no enorme número de tarifas existentes. Há bilhetes para viajar apenas na Zona 1, entre diversas zonas, para quem usa o transporte público apenas em horários off-peak (fora da hora do rush), para quem quer viagens ilimitadas por 1 dia, 3 dias, 7 dias, ou até um mês (de maneira ilimitada), etc..
Para conhecer todas as opções é só seguir esse link, mas tente não se confundir muito.
Zona 1 sem reajuste
No metrô, os maiores reajustes serão feitos nas tarifas que permitem o deslocamento entre zonas. O que significa que, pelo plano, quem viajar apenas na Zona 1, que é a que engloba o centro da cidade, onde circula a maioria dos turistas que visitam a cidade, não será impactado por nenhum aumento.
A lógica dessa decisão é que esse “não aumento” pode incentivar que turistas (e moradores) saiam mais e gastem mais nos restaurantes e atrações turísticas da cidade.
Outra característica interessante introduzida pela TfL é a diferença de tarifas para quem pagar com cartões de crédito/débito e métodos sem contato em comparação com quem decidir pagar em dinheiro. Quem preferir usar notas e moedas tem uma tarifa MUITO mais cara que a normal (quase o dobro do preço).
Portanto, no dia que pudermos voltar a visitar a cidade, prepare-se para mais gastos com transporte.