Muita gente acha que é difícil conseguir contornar alguma preferência ou alergia alimentar durante uma viagem. Não é!
Que comida de avião é ruim — apesar de detestar a palavra — é consenso, mas foi-se o tempo onde as opções ficavam na tradicional pergunta: carne ou pasta?
Com o crescente número de pessoas com restrições alimentares — seja por problemas de saúde, convicção religiosa ou preferência própria — as empresas aéreas passaram a oferecer uma série de opções aos passageiros.
Até na classe econômica
Como a maioria das pessoas viaja mesmo na rabeira, na senzala (como podia ser chamada antes do nefasto advento do politicamente correto), as preocupações são grandes na hora de encarar uma viagem longa.
Felizmente, as companhias aéreas conseguem adaptar os seus cardápios para quem tem alguma alergia ou restrição alimentar.
É só entrar em contato com a empresa assim que fizer a reserva. Muitas vezes é até possível resolver isso no momento da compra da passagem.
Há pratos vegetarianos, sem glúten, sem lactose, para crianças, kosher (alimentos judaicos), para bebês e ainda há a possibilidade de levar seus próprios alimentos. Fale com a companhia e veja as suas opções.
Para os passageiros das classes executivas e da primeira classe, há mais variedades ainda, mas nem vou falar disso para não chorar.
Declaração médica
Uma dica bastante interessante é, nas viagens para o exterior, levar uma declaração médica especificando a sua restrição/alergia.
Não esqueça que ela deve estar devidamente traduzida para o idioma do país de destino, que deve trazer uma relação dos alimentos que não podem ser consumidos e que sempre deve estar com você, para o caso de alguma emergência.
Nos hotéis e nos passeios
No Brasil, o idioma facilita evitar problemas, mas mesmo no exterior as coisas estão bem mais simples. Muitos hotéis e destinos turísticos (parques, monumentos, etc.) já se adaptaram aos novos tempos.
Disney, Universal Studios e muitos lugares em grandes cidades, como Nova York, Londres e Paris, possuem uma série de opções sem glúten, nut-free (sem nozes, amendoim, caju, castanhas e similares), sem lactose, veganas, etc.
Na Disney, por exemplo, há até uma linha de salgadinhos especiais, a Snacks with Character. Não há motivos para passar fome em lugar nenhum, seja lá qual for o seu problema.
Nos hotéis, o ideal é informar do problema antes de fazer a reserva. Sempre há como pedir refeições especiais e a coisa pode ficar mais fácil quando os quartos estão equipados com geladeira e fogão. Aí, tudo fica por conta da criatividade culinária do viajante.
Caso o hotel não ofereça nenhuma opção, esqueça e procure outro lugar. Saúde em primeiro lugar.
Conclusão
No fim das contas, a modernidade facilita a vida de quem não pode apreciar todas as delícias e gordices do mundo. Os antialérgicos são sempre companheiros leias e podem permitir que lagostas e camarões sejam consumidos sem medo (ufa), mas sempre tome cuidado.
Com alguns cuidados básicos crianças, adultos e idosos podem viajar sem preocupações.
Bom apetite!
Fotos: Divulgação, Till Bartels e Fernando de Oliveira