Outro dia falei do prédio The Shard, uma das novidades para quem quer ver Londres do alto, mas também citei a tradicional London Eye, a roda gigante que permite uma visão de 360° da capital londrina, faça sol ou faça chuva. Às margens do Tâmisa, a atração causa inveja a todos que moram em cidades turísticas sem um mínimo de estrutura para tratar bem os visitantes que querem ver suas belezas naturais.
Visitei a London Eye novamente, depois de 11 anos, e admito que gostei. Por mais que seja daqueles ícones modernosos criados para tirar dinheiro de turistas, as possibilidades que a experiência pode proporcionar são mais que satisfatórias. Para começar, é impressionante a quantidade de opções que eles oferecem aos que pretendem passear por cima de Londres. Você pode comprar um ingresso comum (com ou sem horário marcado), ingressos VIPs (com direito a fila especial, que na pratica significa falta de fila), além de experiências com taças de champanhe, chocolates especiais e até mesmo um combo com direito a jantar em um restaurante italiano.
A dica é: compre pela internet (é mais barato) e escolha um bilhete que o deixe longe da fila comum. Ela é sempre enorme e, nos dias de chuva ou de muito sol, pode ser extremamente desconfortável. O passeio com direito a champanhe, cápsula reservada e a um guia que fica explicando os pontos mais importantes da cidade, é muito legal, principalmente se o dia estiver claro.
A London Eye é ótima para casais ou famílias com crianças (menos para quem ficar na mesma cápsula e não gostar de crianças). Os 30 minutos do passeio voam, mas dá para tirar muitas fotos e ter uma noção da geografia da cidade e dos seus pontos turísticos.
A estrutura de atendimento é fantástica, embora não entenda o porquê da área reservada não ter lugar para sentar, enquanto a dos mortais tem, e alguns ingressos ainda dão direito a uma apresentação em 4D de um filme muito interessante sobre a cidade.
Infelizmente não é possível montar uma estrutura dessas no Rio de Janeiro, cidade cercada de morros por todos os lados, mas bem que poderíamos copiar a maneira com a qual se vendem ingressos, se recepcionam os clientes e o padrão de qualidade dos produtos oferecidos, e que não são absurdamente caros. Aspectos como limpeza e sinalização, então, melhor nem comentar.
Fotos: Fernando de Oliveira e Jo Nunes