É fato que o mercado brasileiro possui altas taxas de usuários de cartões. Segundo pesquisa realizada pela ACI Worldwide, empresa que produz sistemas de prevenção à fraudes bancárias e lavagem de dinheiro, todos os entrevistados que fizeram parte do levantamento da companhia, ou seja 5.223 pessoas de 17 países, entre eles o Brasil, disseram ter pelo menos um tipo do instrumento (crédito, débito ou pré-pago). Em paralelo, um terço comentou ter experimentado alguma forma de fraude nos últimos cinco anos.
Com isso é até possível pensarmos que utilizar o cartão é sinônimo de se tornar vítima dos fraudadores. Considerando apenas as taxas de fraudes em cartões de crédito, os brasileiros aparecem na 5ª posição do ranking (30% dos entrevistados disseram ter passado por essa experiência) e as de débito, em 6º lugar. Sobre os cartões pré-pagos, canal em que as fraudes ainda são pouco representativas, o País já ocupa a 5ª posição, com 7% dos pesquisados relatando que sofreram fraudes nesse instrumento.
Dados recentes do Serasa Experian também parecem comprovar essa teoria. A instituição constatou que as tentativas de fraudes contra os consumidores bateram recordes no ano passado, registrando uma tentativa de roubo de identidade a cada 14,8 segundos.
O roubo de dados pessoais é usado por criminosos para obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos ou fazer um negócio sob falsidade ideológica. Eles utilizam dados falsos ou informações de vítimas para aplicar golpes na emissão de cartões de crédito, compra de automóveis, celulares, abertura de conta corrente, financiamento de eletrônicos e outras atividades que a criatividade permitir.
Fraudes Móveis
Ainda de acordo com o levantamento da ACI Worldwide, a fraude móvel está em fase incipiente. Menos de 10% dos entrevistados dos países analisados demonstram preocupação com esse canal. Na Austrália, Alemanha e nos Países Baixos, os consumidores parecem estar mais atentos, a cada 8% dos entrevistados já expressam preocupação.
Para evitar as fraudes, o recomendado é não fornecer dados pessoais para pessoas estranhas, em pesquisas ou promoções, em sites que não sejam de confiança e nas redes sociais. Também é importante manter o antivírus atualizado para evitar o roubo de dados do computador.
Fonte: Agência IN