O mundo anda muito chato – Conar veta ‘ordinária’ do Compadre Washington

Não importa se você gosta/gostou ou não do É o Tchan, mas a decisão d proibir o uso da palavre ordinária (que nem é pronunciada inteiramente) é ridícula.

Viado, negão e macaco, se tornaram palavras mais ofensivas que ladrão e corrupto. Lamentável!

CumpadiSessão do Conselho de Ética do Conselho Nacional de Auterregulamentação Publicitária (Conar), realizada nesta terça-feira 27, em São Paulo, determinou que deve ser alterado o comercial criado pela NBS para o site BomNegócio.com, protagonizado pelo cantor Compadre Washington, um dos integrantes do grupo baiano É o Tchan.

A peça, veiculada desde fevereiro, foi motivo de cerca de 50 reclamações, principalmente de mulheres, recebidas pelo Conar nas últimas semanas. O alvo é uma palavra que nem chega a ser dita inteiramente pelo protagonista.

À beira da piscina, o marido observa a mulher entrar na água de maiô. No papel de um aparelho de som meio fora de moda, surge Compadre Washington, elogiando a moça bem a seu modo: “Êta mãinha… Danada, que abundância, meu irmão. Assim você vai matar papai, viu? Esse aí é que é seu marido, é? Sabe de nada, inocente! Vem, vem, ordiná…”. O termo “ordinária” não é dito completamente, pois Compadre Washington desaparece assim que o marido, incomodado, vende o som pelo site.

E foi justamente a palavra não completada que incomodou parte do público. As reclamações recebidas pelo Conar a consideraram um desrespeito à mulher. O Conselho de Ética concordou, e, por unanimidade, pediu a alteração do comercial, que deve suprimir o termo ordinária – ou melhor, o “ordiná…”.

Pelas regras do Conar, o filme já não pode mais ser veiculado até que a alteração seja feita. Entretanto, a decisão foi tomada em primeira instância, portanto cabe recurso.

O BomNegócio.com aumentou em 362% seu investimento em compra de mídia de 2012 para 2013, segundo o ranking Agências & Anunciantes divulgado nessa semana por Meio & Mensagem. Em 52º lugar entre os maiores anunciantes brasileiros do ano passado, o site destinou R$ 101 milhões à compra de mídia.

A série de comerciais criada pela NBS é uma das de maior sucesso do ano na publicidade brasileira. A aparição de personalidades como Narcisa Tamborindeguy, Sérgio Mallandro, Paulo Gustavo, Supla e até mesmo o ex-jogador argentino Maradona representando artigos incômodos que os proprietários acabam vendendo no site caiu no gosto popular. Entretanto, a peça de maior repercussão é justamente a protagonizada por Compadre Washington.

O comercial motivou até mesmo a ressurreição da banda É o Tchan, que lançou uma nova música usando o bordão “Sabe de nada inocente” popularizado pela campanha publicitária.

Fonte: Meio & Mensagem

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *