Bryan Adams – Rio, 19-10-19: a crítica

O canadense Bryan Adams dá show de energia, simpatia e música pop para os (poucos) que foram até a Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca

Bryan Adams

Bryan Adams é daqueles artistas do tipo ame ou odeie. Muitos consideram que a música produzida pelo canadense é farofa (pop fácil). Ainda bem que o canadense, já com muitos anos de estrada nas costas, não liga para isso e adora o Brasil.

Na estrada (e nos holofotes) desde o início dos anos 80, Adams tem bagagem suficiente para agradar todos os que gostam de um bom pop e de baladas que grudam. Nisso, ele e mestre.

Em tempos de streaming e de um cenário pop bastante pobre, é preciso respeitar alguém que já vendeu mais de 75 milhões de álbuns em vários formatos físicos.

Bryan Adams mostrou que ainda tem muito a oferecer e que suas apresentações deixam no chinelo muitas das atrações que passaram pelos diversos palcos do Rock in Rio.

Inclusive, é bastante provável que a mistura de preços muito altos e uma ressaca musical causada pelo Rock in Rio tenham contribuído para uma configuração mais enxuta.

A capacidade de público não foi divulgada, mas não era maior do que 4,5 mil pessoas, muito menor que a lotação da Jeunesse Arena, que ultrapassa os 14 mil lugares.

Greatest hits live

Apesar de ter um disco novo na praça — Shine a Light — o que o público carioca viu foi um verdadeiro greatest hits live. Até mesmo as canções do novo disco se encaixaram bem no setlist e não deixaram o nível de animação cair.

Bryan Adams já não é nenhum garotinho (as marcas da idade estão bem visíveis em seu rosto), mas continua cheio de energia e de sucessos conhecidos. Os cariocas — que, segundo ele próprio, estavam vendo o melhor show dele na cidade — ainda tiveram a oportunidade de ouvir Let’s Make a Night to Remember, que não faz parte do setlist regular da turnê e havia sido pedida pelo Instagram do cantor.

Goste ou não do estilo de Adams, não há como alguém dizer que não conhece canções como Run to You, Have You Ever Really Loved a Woman?, (Everything I Do) I Do It for You ou All for Love.

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Arrasando no português

Com um leque de canções como essas e um público conhecedor da sua obra, eram poucas as chances de algo dar errado. Mas, para completar a noite, Adams e banda — Keith Scott (guitarra), Mickey Curry (bateria), Solomon Walker (baixo) e Gary Breit (teclados) — estavam super alegres.

O canadense ainda mostrou que o seu português é melhor e menos forçado do que o da maioria dos artistas que vêm até o Brasil. A facilidade com a qual pronunciou certas palavras mostra que o período no qual viveu em Lisboa com os pais não foi totalmente esquecido.

 

Capacidade reduzida

Em uma arena que teve a sua capacidade de público bem reduzida — imagino que, no máximo, cabiam 5 mil pessoas naquela configuração — o público realmente deu um show, cantando todas as canções a plenos pulmões. Uma pena, pois o que Bryan Adams apresentou merecia uma platéia, pelo menos, duas vezes maior.

Essa atitude parece ter contagiado toda a banda. Todos no palco pareciam estar se divertindo e muito alegres com o que viam na pista e nas cadeiras. Se a animação e a alegria de Adams eram apenas atuação, o mundo perdeu um grande ator.

O som (perfeito) também ajudou. Era possível ouvir todas as notas e nuances do que os músicos tocavam.

A única vantagem de uma plateia menor é que quem estava lá era fã de verdade, o que contribuiu para a atmosfera intimista e animada ao mesmo tempo. Nada de gente conversando ou tirando selfies. A maioria estava lá por causa da música.

No fim das contas, foi mesmo uma noite para ser lembrada.

Bryan Adams

O show

The Last Night on Earth
Somebody
Can’t Stop This Thing We Started
Run to You
Shine a Light
Heaven
Go Down Rockin’
It’s Only Love
Cloud #9
You Belong to Me
Have You Ever Really Loved a Woman?
Here I Am
When You’re Gone
(Everything I Do) I Do It for You
Back to You
The Only Thing That Looks Good on Me Is You
Cuts Like a Knife
18 til I Die
Please Forgive Me
Summer of ’69

Bis (apenas Bryan e violão)

Straight From the Heart
Let’s Make a Night to Remember
All for Love

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O Canadá é visto como um patinho feio por grande parte dos americanos. Mesmo assim, o país produziu alguns nomes que fazem parte do cotidiano de quem nasceu nos Estados Unidos e em grande parte do mundo, inclusive no Brasil.

Michael J. Fox, Celine Dion, Irmãos à Obra e Bryan Adams são alguns dos nomes reconhecidos por todos (até por quem não gosta deles).

O país é gelado (na maioria das regiões), mas tem muito para oferecer aos turistas. Conheça um pouco do que o país tem de bom clicando na imagem abaixo. Há uma grande chance de você se animar e programar uma viagem de férias para lá.

 

Fotos e vídeos: Jo Nunes

Uma versão deste texto foi publicada no site Ambrosia

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