Estamos tão acostumados a nos disfarçar para os outros, que no fim acabamos nos disfarçando para nós mesmos

Estamos tão acostumados a nos disfarçar para os outros, que no fim acabamos nos disfarçando para nós mesmos- François de La Rochefoucauld

O mundo é uma grande ilusão, cheia de fumaça, efeitos especiais e muita enganação. Uma enganação que não é apenas natural, mas encenada no grande picadeiro que a vida proporciona aos que precisam de uma máscara para viverem vidas barulhentas, promiscuas e vazias.

Milhões de amigos e milhões de risadas, não significam nada além de um negro estratagema para encobrir algum sentimento, uma verdade que precisa ficar enterrada e escondida de todos, inclusive de nós mesmos.

Iludir os outros é fácil. Difícil deve ser dormir (e acordar) sabendo que não vai deixar ninguém chegar perto da alma, do ser sem máscara. No fim, quem é a pessoa sem máscara? Ela ainda existe ou já se tornou uma simbiose indivisível do triste ser que habita dentro do corpo?

Que Deus nos livre dessa maldição e nos afaste de quem precisa dela para viver suas confortáveis e vazias existências.

Texto produzido em algum momento entre 2007 e 2008.

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