“Guru” do Gartner se diz chocado com a reação corporativa ao Windows 10

Devo admitir que tenho muitas (muitas mesmo) ressalvas aos que usam a expressão “guru”, principalmente quando acrescido da palavra “digital”.  No Brasil há pessoas que, se não evoluíram miraculosamente over the years, não podem ser chamados nem de digitais, por mais que trabalhem com isso por mais de uma década. Ficar chocado com a receptividade do Windows 10 após os fiascos das versões anteriores é surpreendentemente inaceitável. Fica parecendo aquele “gestor” que começa a ler um livro qualquer sobre tecnologia e pergunta ao seu funcionário mais experiente: “você sabe o que é html 2.0?

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Após o fiasco do Windows 8 e do Windows 8.1, ninguém tinha a certeza de como as empresas responderiam ao lançamento do Windows 10, mas parece que a reação excedeu as expectativas do Gartner, apesar de a adoção exigir mudanças na forma de gerir o suporte, devido ao novo modelo de atualização do sistema operacional.

“Sabíamos que a recepção ia ser melhor que a do Windows 8?, disse Stephen Kleynhans durante o Gartner Symposium/ITExpo, em Orlando (EUA). O analista se disse “chocado” com a reação positiva.

Na opinião de Kleynhans , essa reação é reflexo da qualidade do sistema operacional, mas também ao fato de que a atualização para o Windows 10 ser praticamente inevitável. Em 2018, a Gartner prevê que 80% dos usuários empresariais estejam utilizando o Windows 10.

Apesar disso, a mudança realça alguns aspectos de planejamento para os executivos de TI. Será recomendável a desinstalação das versões anteriores do Internet Explorer porque o suporte para as versões 8 e 10 terminam no fim deste ano.

Mas, embora o Windows 10 traga o novo browser Edge, convirá ter o IE11 como ferramenta de redundância. É importante, segundo o analista, planejar para o fato de a Microsoft provavelmente optar por atualizações incrementais de quatro em quatro meses, daqui para fente. Neste aspecto, pode haver complicações, considera.

Além disso, não será necessário correr para atualizar cada posto de trabalho imediatamente, mas será conveniente manter a infraestrutura no âmbito das últimas versões. Kleynhans prevê que o prazo para o fazer rondará os oito meses: a dado momento, o sistema ficará desatualizado em termos de segurança, face às correções que a Microsoft emitirá.

Aos executivos de TI interessados em “realmente fazer uso do Windows 10”, o analista recomenda que repensem os seus processos. A adoção do sistema operacional é um compromisso de manter a empresa atualizada “com a mais recente versão”.

Os gestores de TI podem simplesmente introduzir o Windows 10 na rede empresarial, mas os que “querem realmente fazê-lo brilhar e desenvolver alguma coisa especial com ele, precisam de um pouco mais de trabalho”.

Site: IDG Now!

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