Livro mostra a relevância musical dos ex-Beatles na década de 70

‘The Beatles – 1970-1980’ mostra o desempenho nas paradas e detalhes de cada lançamento de John, Paul, George e Ringo, depois do fim da banda. É um livro que não dá para não ler

Um das únicas foto de John Lennon e Paul McCartney na década de 70

Os Beatles foram (e são) o maior fenômeno musical de todos os tempos. Nunca um grupo produziu tanto (e com tanta qualidade) em um período de tempo tão curto (1962-1969).

Mas, e como foi a carreira solo dos ex-integrantes? Hoje, lembra-se dos sucessos e temos a percepção de que tudo foram flores. Porém, a realidade foi bem diferente. É essa a história que o livro The Beatles 1970-1980, do pesquisador Ricardo Pugialli, conta.

George, Ringo Paul e John

O livro resgata todos os lançamento musicais dos ex-companheiros de banda, desde os primeiros momentos do fim dos Beatles até a morte de John Lennon (em 1980).

Hoje pode parecer estranho, mas com o processo aberto por Paul McCartney contra os outros músicos, eles tiveram as suas contas congeladas e passaram a receber uma mísera mesada mensal de menos de 8 mil dólares.

Para piorar, as vendas dos discos de Paul e, principalmente John, eram decepcionantes. No início dos anos 70, os Beatles de sucesso eram George e Ringo.

— Muita gente pode achar hoje que os primeiros discos de John e Paul são ótimos, mas, na época, as críticas e as vendas foram bastante ruins. Quem dava dinheiro para os quatro eram George e Ringo, já que todo o dinheiro proveniente dos discos solo era dividido em partes iguais. Isso só foi mudar lá por volta de 1974/1974 — lembra Pugialli.

Livro sobre a carreira dos ex-Beatles é imperdível
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Abril de 1970

Os menos iniciados podem se assustar logo nas primeiras páginas. final, o livro começa em abril de 1970. Mas, por que esse recorte na história?

— Esse livro é uma continuação do livro Beatlemania (2008) onde conto a história da banda, também através de seus lançamentos, do início até a data na qual Paul anunciou que estava deixando o grupo, que foi exatamente em maio de 1970. Espero lançar uma edição revisada desse livro em breve — conta o autor.

Enquanto a maioria dos livros sobre os Beatles foca na história ou em aspectos técnicos das gravações do grupo, The Beatles – 1970-1980 usa como gancho principal o lançamento dos discos dos ex-Beatles.

Outro ponto importante do livro é contextualizar tudo com os acontecimentos e as notícias veiculadas no Brasil. Com isso, fica mais fácil entender como eram as coisas na época de cada novo disco ou gravação (ou confusão) protagonizadas pelos Fab Four.

Mas, o que mais chama a atenção são as notas do autor com suas opiniões sobre cada lançamento. Concorde ou não com elas, são o molho que falta na maioria das publicações: um olhar brasileiro sobre a música deles.

Fim de semana perdido, a desconstrução de McCartney, Ringo em alta e o plágio de George

A minuciosa pesquisa de Pugialli conta, com novas cores, uma história que, com o passar do tempo, vai ficando difusa e esquecida na mente das pessoas.

A trajetória de cada um dos ex-Beatles foi sendo traçada de maneira peculiar e bastante diversa.

John se envolveu em atos políticos, lutou contra o Governo dos EUA (que insistia em deportá-lo), se tornou membro do Hollywood Vampires (grupo de beberrões formado por músicos) e se perdeu no Lost Weekend (quando se separou de Yoko e cai na farra e nos braços de outras mulheres).

Ele lançou discos desiguais e que, na sua maioria, venderam pouco. Teve sucessos (claro) e se isolou para criar o filho Sean. Ficando fora do ar de 1975 até 1980, quando voltou a gravar e lançou o LP Double Fantasy.

Paul sentiu o peso de ser considerado o vilão da separação da banda mais amada do mundo por muitos anos. Também lançou discos com canções de qualidade desigual, criou um novo grupo (Wings) e fez turnês em universidades (sem tocar nenhuma canção dos Beatles).

Tudo isso antes de conseguir o reconhecimento dos críticos, do público e dos ex-companheiros. Paul desconstruiu sua fama de bom moço, deixou o passado (e a maioria das canções dos Beatles) para trás e criou uma nova identidade de sucesso.

Foi nessa época que nasceu o Paul McCartney que conhecemos hoje.

George: do céu ao inferno

O Quiet Beatle, aquele que aparecia pouco foi o que mais se destacou nos primeiros momentos após o fim da banda. O álbum triplo All Things Must Pass, o single My Sweet Lord e o Concerto para Bangladesh o levaram ao topo do mundo. As drogas, uma laringite, uma turnê desastrosa, um processo de plágio e discos irregulares, o deixaram na lona.

Já Ringo começou com um disco de standards, outro de country music, antes de engrenar uma série de álbuns e singles de sucesso. No fim da década, se perdeu em uma tentativa de modernização e não recuperou mais o êxito comercial do início da década.

— Todo mundo no Brasil achava que o louco era o John, mas isso não era bem verdade. Não sabíamos do envolvimento do George com drogas. As informações eram bem precárias naquela época, até por conta da ditadura, que proibiu até o lançamento do primeiro LP do John. Era uma época difícil — conclui Ricardo Pugialli.

Fonte de consulta

The Beatles – 1970-1980 é grande (são quase 500 páginas), mas é uma leitura fácil, agradável e com informações que o tornarão uma fonte de pesquisas muito importante para quem quiser entender melhor a cena musical da década de 1970.

No fim de cada capítulo (que engloba um ano) há uma “parada de sucessos beatle”, onde é indicada a posição que cada lançamento alcançou nas paradas. Esse dado permite que se tenha ideia do desempenho de cada um deles e da disputa particular dos ex-Beatles.

Ajustes a serem feitos

Você pode encontrar um ou outro erro de digitação, mas essa é a primeira edição e logo devemos ter uma versão revisada. Quanto às informações, este que vos escreve encontrou parcos três enganos, o que não impactam na primorosa pesquisa feita pelo autor.

Além disso, essas informações também devem ser corrigidas na próxima edição e, quem já comprou o livro, deve receber um complemento em PDF.

Embora sem cravar uma data, Pugialli promete um terceiro volume (que vai cobrir a década de 1980). Boa notícia.

Cotação: **** ½

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Hamburgo, onde os Beatles tomaram forma

Se Liverpool é o berço dos Beatles e Londres a cidade onde gravaram a quase totalidade de suas canções, Hamburgo, na Alemanha, é a cidade onde eles criaram sua identidade musical, tocando por várias horas em palcos de inferninhos locais.

Muitas vezes eram mais de 10 horas seguidas no palco, tocando todo o repertório que tinham para uma platéia formada muitas vezes por bêbados e prostitutas.

Pode não ter sido o mais glamouroso dos momentos da história da banda, mas, segundo John Lennon, foi lá que eles tocaram o seu melhor material.

Hoje, Hamburgo é uma cidade próspera e com muita coisa para visitar. Você pode até querer ir nas boates onde eles tocaram, mas há muito mais para ver.

Conheça os lugares por onde os Beatles passaram em Hamburgo com esse passeio com guia (em inglês) da Viator

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