Dicas de Viagem – Escócia – Parte IV – Um roteiro dos TOP 10 imperdíveis na capital

Edinburgh Castle

A capital da Escócia é um sonho! Duvido que alguém conheça e não caia de amores. E não interessa se o céu está azul e o sol brilha, ou se é um dia tipicamente escocês, com chuva e muito, muito vento.

Edinburgh é uma cidade linda e cheia de programas maravilhosos para fazer.

Mas o que não dá para perder numa primeira visita?

Para facilitar a vida de quem tem pouco tempo e quer ver só o principal, selecionei dez atrações imperdíveis em Edinburgh. Como já estava prometido uns posts atrás

Tive a chance de apresentar a cidade para alguns amigos, que ficaram curiosos de eu tanto falar. Para eles, costumo dizer, sem medo de errar: a Escócia é dourada.

Edinburgh também!

Apesar de ser bem cosmopolita, é uma cidade pequena para os padrões brasileiros. E para quem já conhece Londres, por exemplo. O que é melhor ainda!

Então, a primeira dica para quem vai é: conheça a cidade a pé!

Com uma arquitetura basicamente vitoriana, a sensação é que as coisas não mudaram muito por ali com o passar dos séculos. É a capital escocesa desde 1492.

Dividida em Old Town e New Town, tem muitas de suas ruas principais ligadas por vielas, ladeiras e escadarias. Por isso, para ir de um lado para o outro, prepare as perninhas para trabalhar!

1 – Castelo de Edimburgo

Construído a 120 metros de altura do nível do mar, o Edinburgh Castle é onipresente. Onde quer que você esteja ali no centro da cidade, ele está te vigiando. A estrutura, que já sofreu várias transformações e reconstruções ao lono do tempo, guarda mais de 1.400 anos de história.

A cidade nasceu em torno no castelo. Isso lá pelo século IX. A Castle Rock, montanha onde a construção foi erguida, é, na verdade, um vulcão extinto que, estima-se, esteve em atividade há uns 340 milhões de anos.

Irado, não?

Visitar o castelo é atravessar toda a história do país e da cidade. Foi moradia preferida dos reis da Escócia até a união com a coroa inglesa, em 1603, e seus dangeons serviram de prisão para os jacobitas, um pouco mais de um século depois. Também teve papel estratégico importante durante a segunda grande guerra para o exército britânico.

Do alto do pátio está uma das mais belas vistas da cidade. No interior, as Joias da Coroa escocesa (Crown Jewels) e a Pedra do Destino (Stone of Destiny), a famosa rocha onde os monarcas eram coroados, levada para Londres e foi devolvida à Escócia em 1996.

Dica de ouro: programe-se para estar no castelo às 13h em ponto. De segunda a sábado, o One O’clock Gun, um canhão que fica no Mills Mount Battery, é acionado — proteja os ouvidos!

2 – Royal Mile

Robert Fergusson

É a rua mais turística e movimentada da cidade. Na verdade, a Royal Mile é uma sucessão de ruas que descem do Castelo até o Palácio de Holyroodhouse.

A extensão entre um e outro é de exatamente uma milha — ou seja, quase dois quilômetros de subidas e descidas cheias de atrações.

Desde os primórdios, foi a rua mais importante da cidade. E mantém seu status. Um status tão importante que estou pensando em fazer um post especial com cada uma das paradas que devem ser feitas ao longo da Royal Mile, para você não perder nem um centímetro desses quase dois quilômetros.

Na foto, a estátua do notável poeta escocês Robert Fergusson, em frente à Kirk of Canongate, construída entre 1688 e 1691, na Old Town.

3 – Palace of Holyroodhouse

Se o Edinburgh Castle era o preferido da realeza escocesa, o Palácio de Holyroodhouse é o favorito da realeza inglesa há gerações. É a residência oficial da Rainha Elizabeth II quando está no país. E está aberta a visitação, para quem tiver um tempinho sobrando.

É possível passear por vários ambientes do palácio em uma visita guiada. Mas apenas quando a família real não está na área. Incluindo a Galeria de Artes da Rainha, que por si só já vale o bilhete.

Mas não deixe de visitar as ruínas da Abadia, nos jardins do palácio, que data de 1128.

4 – Holyrood Park & Arthur’s Seat

Ruínas da St. Anthony’s Chapel

O parque fica bem ao lado do Palácio de Holyroodhouse, com o luxo de ter uma enorme montanha só pra ele. Outro vulcão extinto.

O monte é conhecido como Arthur’s Seat e tem algumas trilhas que levam ao seu topo. As vistas para a cidade são as mais arrasadoras da região. Quem assistiu a Trainspotting 2 vai identificar logo o local.

Trainspotting 2

São 251 metros de altura. Mas a subida é muito mais tranquila do que pode parecer a princípio. E vale muito à pena. A vista é realmente de tirar o fôlego (tanto quanto a subida!), e pode se ver quase toda cidade e muito dos seus arredores.

No parque, as atrações são algumas ruínas e lagos — como a St. Anthony’s Chapel, que data de 100 —, que dão fotos espetaculares para guardar pro resto da vida.

5 – Grassmarket

Last Drop Pub, na Grassmarket. Prisioneiros eram executados em frente ao pub

A praça não fica muito distante da Royal Mile. É cheia de restaurantes e pubs; um lugar bacana para sentar e beber e ver o tempo passar.

Uma informação macabra é que a praça já foi local de execução pública. O nome de alguns pubs por ali fazem referência ao fato e não me deixam mentir.

6 – National Museum of Scotland

É a casa da ovelha Dolly! Tá lá o primeiro clone “britânico” empalhada no museu, que a Dolly é escocesa. O acervo do museu é bem diversificado e vale uma visita.

A melhor parte é a que conta muito da cultura e história do país, mostrando tradições e inovações tecnológicas.

A entrada é gratuita!

7 – Princes Street, Rose Street e Princes Street Gardens

A Princes Street é passagem obrigatória para quem cruza da New Town para a Old Town e vice-versa.

É a rua mais comercial da cidade, tipo um shopping a céu aberto. Lojas famosas como a Jenners, a Galerie Lafayette escocesa, estão ali.

Na rua paralela, a Rose Street é um grande calçadão. Cheia de pubs e restaurantes charmosos, é perfeita para descansar das compras e curtir uma boa refeição.

Se de um lado a Princes Street tem lojas e magazines, do outro fica um belo parque. O Princes Street Gardens tem pequenos cafés para lanches rápidos e diversos banquinhos para descansar — olhe a plaquinha ao sentar!

Passear por ali é uma delícia, sempre com vista para o castelo. Se estiver na cidade durante a primavera, não deixe de procurar pelo Floral Clock. O relógio de flores é o mais antigo do mundo e marca as horas de verdade!

8 – Scott Monument

O monumento que fica na Princes Street é uma homenagem da cidade ao popular escritor escocês Sir Walter Scott.

Sua torre de 61 metros de altura oferece uma vista incrível do centro e do castelo.

Subir os 287 degraus é para os fortes, mas compensa!

9 – The Balmoral

Hotel de luxo em pleno centro da cidade. Pode não ser pro seu bico, mas vale foto, especialmente ao anoitecer, quando seus contornos de arquitetura vitoriana ficam iluminados.

A construção data de 1895, resultado de uma competição financiada pela Scottish Railway para dar um up no turismo local. Do gaélico, The Balmoral significa morada majestosa. Em 1991, depois de ter sido trocado de dono, o hotel foi reinaugurado com presença de ninguém menos que Sir Sean Connery.

Em fevereiro de 2007, J.K. Rowling se trancou no quarto 230 para terminar a saga Harry Potter. Anos mais tarde, a escritora escocesa retornou ao mesmo quarto para ser entrevistada por Oprah.

10 – Calton Hill

Outra das montanhas bem no centro da cidade. A Calton Hill fica na New Town. O acesso é bem fácil, com subida pouco íngreme e com o caminho de pedras.

Para encontrar o acesso, é só seguir pela Regent Road e logo chega lá. O lugar também oferece um linda vista panorâmica da cidade e arredores. Do alto, pode-se ver o Arthur’s Seat e o porto de Leith, além de Portobello Beach.

Alguns dos monumentos mais famosos da cidade, como Dugald Stewart Monument, Nelson Monument e o National Monument, estão no alto do Calton, onde também acontece, tradicionalmente, a festa pagã de Beltane.

Texto de Débora Thomé

PS: A Querida Debinha é escocesa, embora seja do Méier. O que isso significa? Que o Méier deve ser um território escocês perdido no Brasil.

Dicas de Viagem – Escócia I

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Dicas de Viagem – Escócia – Parte III – Afinal, o que não pode ser deixado de fora?

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