Computador com chip 3D pode ser mil vezes mais veloz do que os PCs atuais

3D_chip_coolingDe acordo com pesquisadores, um novo método para desenvolvimento e construção de chips de computadores pode fazer com que o processamento desses componentes seja mil vezes mais rápido do que o existente. A técnica consiste no uso de materiais chamados nanotubos de carbono, que permite que os cientistas construam os chips em três dimensões.

Esse novo design possibilita que os cientistas entrelacem a memória do chip, responsável por armazenar os dados, e o processamento de informações em um único espaço pequeno, diz Max Shulaker – pesquisador da Universidade de Stanford e um dos designers do chip. Ao reduzir a distância entre esses dois elementos você pode reduzir drasticamente o tempo que os computadores levam para realizar as tarefas designadas.

De acordo com Shulaker, o principal obstáculo para computadores mais rápidos não é, de fato, a velocidade do processador, porém um problema de memória. Os sinais elétricos precisam ir de um lado para o outro e isso consome tempo, além de desperdiçar quantidades de energia pelo caminho. Ao contrário dos transistores de silício, os nanotubos de carbono (CNTs) podem ser processados em temperaturas baixas sem superaquecer, o que permite que os componentes internos fiquem mais próximos e evitem viagens desnecessárias entre os componentes.

Segundo Shulaker, se fossemos comparar os transistores de silício com os nanotubos, os nanotubos ganhariam de modo disparado. Eles são transistores melhores, pois podem ir mais rápido e usam menos energia. Só que nanotubos tendem a ficar desorientados, por isso os cientistas desenvolveram um método de mantê-los alinhados para garantir que funcionem eficientemente.

Recentemente, os cientistas da Universidade de Stanford – liderados por Max Shulaker – conseguiram criar um sistema de entrelaçamento entre as camadas de memória e os transistores, com minúsculos fios conectando-os. Esse resultado foi chamado de chip com design 3D, capaz de reduzir o tempo de trânsito entre o transistor e a memória. De acordo com Shulaker, a arquitetura desenvolvida consegue ser mil vezes mais rápida que a configuração comum. Por isso, é provável que escutemos mais sobre os CNTs muito em breve.

Fonte: Tecmundo

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