A estupidez da biometria

Urnas biométricas IApesar desse espaço ser democraticamente meu, tendo sempre (quando eu quero) lugar para opiniões divergentes, evito falar de política, principalmente numa época onde todos os especialistas do Brasil entram em cena, até porque os candidatos (todos) têm defeitos. Entretanto, um pequeno comentário sobre um episódio das eleições se faz necessário.

Moro em Niterói e voto no Rio de Janeiro. Mesmo assim, vi o tumulto que a utilização das urnas biométricas causou na cidade sorriso. Filas enormes e muito sofrimento para os eleitores que são obrigados a votar. Isso sem contar que o problema fez com que o Rio de Janeiro fosse o último estado a ter o início dos resultados divulgados. Por conta disso, o TRE informou que não iria usar esse tipo de equipamento no 2º turno, já que a biometria veio “resolver um problema que não existia”! Aí começou o problema que pode muito bem ser caracterizado com um certo tipo de crise de ego.

Urnas biométricas IIO Ministério Público Eleitoral resolveu entrar com uma ação contra a decisão do TRE, alegando que somente o TSE poderia tomar tal decisão e o TSE, ontem, decidiu, por unanimidade, que a decisão do TRE era nula – que sopa de letrinhas chata. Não entro no mérito da alegação, mas apenas nas consequências que ela vai gerar. O presidente do TSE diz que vai mandar mais dez (10) técnicos para ajudar na votação da cidade e que apenas um pequeno percentual de eleitores não teve suas digitais reconhecidas.

Ora, senhor presidente (me nego a citar o nome da figura), esses eleitores foram responsáveis (indiretamente) pela perda de tempo de grande parte da população da cidade e vocês ficam discutindo competências? E dizer que a culpa foi dos mesários e dos eleitores?

Sinceramente? Está tudo errado.

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