Estrangeiros que vão cobrir a Copa fazem curso para atuar em “zonas de conflito”

Violência na CopaPor causa das recentes manifestações e o número de vítimas, que coloca na lista diversos profissionais de imprensa, as empresas estrangeiras de comunicação estão treinando as equipes que vão cobrir a Copa no Brasil para lidar com situações de conflito. As informações são do blogueiro do Estadão, Jamil Chade.

De acordo com ele, fontes contaram sobre os treinamentos, mas pediram para que o nome da agência não fosse divulgado. O curso aplicado aos jornalistas esportivos é similar ao que é oferecido para repórteres que vão cobrir pautas em locais de guerra, como Iraque e Afeganistão.

“Outros grupos de imprensa, principalmente da Europa, também já reservaram o treinamento para seus jornalistas esportivos. Durante a Copa das Confederações, certas emissoras tiveram de sair às ruas com a ajuda de seguranças”, explicou.

Situação brasileira
Em fevereiro deste ano, um protesto contra a Copa do Mundo no Brasil terminou com 14 jornalistas agredidos, de acordo com informações da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). O ato foi realizado na região central de São Paulo e contou com mais de 100 integrantes da chamada “tropa do braço” da Polícia Militar.

De acordo com o levantamento da entidade, os acontecimentos fizeram com que chegassem a 57 os casos de agressões e detenções de jornalistas. O número registra apenas a violência cometida por policiais e passou a ser contabilizada desde as manifestações ocorridas no primeiro semestre do ano passado. A Abraji ainda salienta que a maioria das agressões (56%) ocorreu mesmo com o profissional da imprensa se identificando como tal.

Fonte: Comunique-se

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