Intel lança processadores de 64-Bit para smartphones e tablets

Novo processador IntelA Intel está anunciando novos processadores de 64-Bit na família Atom para dispositivos móveis. O Atom Z34XX, codinome Merrifield, é um processador dual-core voltado a smartphones e tablets na faixa dos US$ 250 e o Z35XX, um modelo quad-core de codinome Moorefield, é voltado a aparelhos high-end, diz Julie Coppernoll, diretora de marketing do grupo de mobilidade e comunicação da Intel.

Além de uma maior autonomia de bateria, os dispositivos móveis equipados com os novos chips terão maior desempenho tanto na execução de aplicativos quanto na renderização de gráficos, quando comparados aos Atom anteriores, diz Coppernoll.

Smartphones e tablets com o Merrifield serão os primeiros a chegar ao mercado, no segundo trimestre deste ano. Aparelhos com o Moorefield chegarão na segunda metade do ano. Sem nomear parceiros, a Intel diz que muitos fabricantes de dispositivos já se comprometeram a usar os chips. Segundo Coppernoll “Iremos anunciar um portfólio amplo e expandido de produtos com a ASUS e a Lenovo”, e a Foxconn também irá anunciar uma expansão em seu uso da arquitetura x86.

De acordo com a Intel o Merrifield terá um desempenho 1.7 vezes superior ao seu antecessor, conhecido como Clover Trail + e lançado no ano passado, na execução de aplicativos “single-threaded”. O melhor desempenho não significa um sacrifício na autonomia de bateria: a empresa conseguiu até dois dias de autonomia em um smartphone com Merrifield, embora Coppernoll afirme que os resultados podem variar de acordo com o projeto do aparelho.

A urgência no lançamento dos novos chips traz um maior interesse em uma versão de 64-Bit do Android, que também trará melhorias de desempenho aos dispositivos móveis, disse Coppernoll. A Intel finalizou o desenvolvimento de uma versão de 64-Bit do Android 4.4 em janeiro deste ano, abrindo caminho para que o sistema seja usado pelos fabricantes em conjunto com os novos chips em aparelhos.

Segundo Coppernoll, a arquitetura de 64-Bit trará um ganho notável em desempenho na reprodução e compressão de vídeo e outras tarefas que exigem um considerável esforço de processamento. Aparelhos também poderão ter mais de 4 GB de RAM, o que pode indiretamente levar a ganhos no desempenho.

A Intel entrou no mercado de chips para smartphones em meados de 2012, mais seus produtos ainda são usados em poucos aparelhos (no Brasil podem ser encontrados no smartphone RAZR i, da Motorola, e nos tablets Fonepad, da ASUS). O mercado de dispositivos móveis é dominado pela ARM, cujos processadores são usados na esmagadora maioria dos smartphones e tablets. A Intel “ficou para trás” na corrida por um processador de 64-Bit para dispositivos móveis quando a Apple lançou o A7 em Setembro passado, junto com o iPhone 5S.

A Qualcomm e outros fabricantes de processadores ARM já anunciaram chips de 64-Bits, mas ainda não há aparelhos com eles no mercado.

A Intel está atualizando seus processadores para dispositivos móveis em um ritmo maior do que os processadores para PCs em uma tentativa de conquistar parte do mercado da ARM. Os novos Atom serão produzidos em um avançado processo de 22 nanômetros, o que leva a ganhos de desempenho e eficiência no uso de energia. A maioria dos processadores ARM é feita usando um processo de 28 nanômetros.

Os novos Atom são baseados na arquitetura Silvermont. Eles têm um núcleo dedicado para reprodução de vídeo, com decodificação de vídeo em 1080p por hardware, mas decodificação de vídeo em 4K apenas por software. A GPU é uma PowerVR Série 6 da Imagination Technologies, também usada no processador A7, da Apple.

Os chips também tem suporte a Wi-Di (Wireless Display), que permite a transmissão de vídeo, sem fios, para TVs equipadas com a mesma tecnologia. Também há suporte a memória RAM DDR3 de baixo consumo (LP-DDR3) e um controlador USB 3.0 integrado.

A Intel irá combinar os novos Atom com o controlador de comunicações XMM 7260, um chip que tem suporte a redes LTE (4G) e LTE-Advanced, além dos padrões TDD LTE e TD-SCDMA, em uso na China.

Fonte: IDG Now!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *