Peter Gabriel – Blood Live – Crítica

Peter Gabriel sinfônico

Peter GabrielPeter Gabriel sempre teve um ar teatral em suas apresentações. Desde o tempo que sua voz dava o tom do som do Genesis (mais tarde capitaneado por Phil Collins), Gabriel se colocou como um artista complexo e engajado.  Agora, a gravadora ST2 traz ao Brasil o álbum duplo Blood Live, gravado em março de 2011, em uma das mais famosas casas de espetáculo de Londres, o Hammershith Apollo.

Baseado no repertório de seu último CD de estúdio (New Blood), Gabriel troca as guitarras e baixos por uma orquestra de 46 peças, dando outro peso as melodias criadas por ele. Alguns de seus sucessos também estão lá, como Biko, além de releituras de outros gênios pop como Paul Simon (The Boy in the Bubble).

O melhor mesmo é ouvir como ficaram as canções do vasto catálogo de Gabriel. Mercy Street (do álbum So, de 1986) é uma das que mais se valeu do novo tratamento “sinfônico”, ganhando ainda mais beleza e trazendo um novo sopro de vida a temas já conhecidos.

Blood Live pode não ser uma virada na carreira de Peter Gabriel, mas serve como documento da versatilidade de um dos mais talentosos artistas do rock (progressivo ou não).

Uma versão desse texto foi publicada no Jornal O Fluminense

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