Skyfall – Um brilhante e definitivo (?) 007

SkyfallOperação Skyfall, no Brasil – é um exemplo perfeito de como uma franquia, um personagem e um grande negócio podem se reinventar e atualizar sem perder suas características básicas. O terceiro longa estrelado por Daniel Craig – e que comemora os 50 anos de James Bond – tem todos os ingredientes de um filme de ação, com pitadas de drama, um ótimo vilão (na melhor tradição do Agente com Licença para Matar) e belas mulheres – se bem que a Bond Girl desse filme seja a menos memorável de toda a série, embora isso seja um detalhe quase insignificante.

Tendo visto o filme após todas as críticas já terem sido escritas, estava preocupado com alguns textos de entendidos que diziam que a interpretação de Craig era robótica. Na verdade, quem escreve algo como isso pode até entender de cinema, mas mostra-se um imbecil em termos de 007.

Tivemos o charme-bruto de Sean Connery, a gaiatice cínica de Roger Moore e a mistura dos dois estilos de Pierce Brosnan – os outros intérpretes nem merecem menção -, mas o Bond de Daniel Craig parecer ser a melhor encarnação do que deveria ser o personagem: Duro, violento, emotivo, patriota e com vários defeitos total e absolutamente humanos, embora mantenha todos os poderes do super agente secreto. Claro que sempre teremos os defensores do Bond original, mas não é possível ignorar a qualidade tanto dos filmes, quanto do intérprete dessa última triologia.

Skyfall, além de comemorar os 50 anos da franquia e de ter uma ótima série de referências aos Bonds anteriores, também serve como ponto de partida para uma nova era, com novos personagens e a garantia de que Craig estará lá por (pelo menos) mais dois longas.

Com toques de Jason Bourne, o James Bond de Skyfall usa menos as geringonças de Q e se mostra um fã de técnicas mais, digamos, convencionais. A edição acentua a emoção, seja nas cenas de ação, seja nas cenas mais dramáticas. A direção (Sam Mendes) é segura e consegue tirar de cada um dos atores uma atuação acima da média para um filme onde geralmente as ações têm mais importância que as expressões. Como já disse, o vilão interpretado por Javier Bardem (já na galeria dos melhores da série) e a beleza de Naomie Harris (como Moneypenny) elevam ainda mais a categoria do filme.

Para complementar a obra, a canção-tema composta e interpretada por Adele é uma das mais belas já compostas para Bond, ficando lado a lado com clássicos como Goldfinger e Live and Let Die.

Traduzindo, vá ver o filme (em Imax, se possível). É diversão garantida.

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