Um novo (e desnecessário) Vingador do Futuro

O Vingador do Futuro (Total Recall, no original), filme estrelado por Colin Farrell, Kate Beckinsal e Jessica Biel, reconta a história do original de 1990, que era estrelado por Arnold Schwarzenegger e Sharon Stone. Nessa nova versão, cabe a  Farrell interpretar Douglas Quaid, um trabalhador que acaba descobrindo ser um super espião.

Para quem tem mais de 30 anos (e para os que ainda não chegaram lá, acredito) a história é mais do que conhecida e as poucas mudanças no script não justificam uma refilmagem. As cenas de perseguição de automóveis, tiros e pancadaria se beneficiaram do avanço tecnológico de mais de duas décadas, mas sem acrescentar algo de realmente novo a trama.

Farrell – em ótima atuação – já confessou ter ficado em dúvida sobre estrelar um remake. E ele estava certo. Não que o filme seja ruim, mas a lembrança do original – por menos brilhante que ele seja – é uma sombra inevitável, assim como as comparações.

As poucas referências ao filme de 1990 permitidas pelo diretor Len Wiseman são simpáticas, mas só acentuam o questionamento sobre o porquê de se gastar milhões de dólares em uma película como essa. Crise de criatividade dos roteiristas de Hollywood?

Se colocado totalmente fora do contexto histórico, O Vingador do Futuro é um bom filme de ação, com boas atuações do elenco, belas mulheres, um Colin Farrel em forma, mas que não engata para valer em nenhum momento. Até mesmo a preocupação em não mostrar um excesso de sangue e violência – teoricamente para atrair expectadores de todas as faixas etárias – parece ter sido diluída na edição final. Pode até não haver muito sangue, mas não faltam socos, tiros e mortes.

Como o original continua sendo reprisado nos canais de TV por assinatura, só mesmo sendo muito fã de algum dos protagonistas para gastar seu tempo e dinheiro indo ao cinema.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *