Melody Gardot e o jazz-globalizado

Novo disco tem toques brasileiros

The Absence (Universal), terceiro disco da cantora norte-americana Melody Gardot, surpreende pelo tom pop-globalizado criado por Melody e o produtor brasileiro Heitor Pereira. Desde os primeiros acordes de Mira, faixa de abertura do CD, fica clara a influência brasileira, com um balanço-bossa à la Joyce. Essa influência vai em direção oposta ao das baladas que povoavam grande parte dos dois CDs anteriores de Gardot.

Aos 27 anos, a cantora mostra que seu estilo tem um espectro bastante amplo e que as sempre presentes comparações com Norah Jones não são justas. As duas são artistas diferentes o suficiente para não merecerem esse tipo de colocação. Sua versatilidade, comprovada em suas seguras interpretações em vários idiomas, incluindo o português, além do francês e do inglês, garantem ao álbum bom trânsito em vários mercados.

Com o lançamento de The Absence, Melody Gardot escreve um novo, belo e diferente capítulo em sua carreira. Desde a capa – sensualmente bonita – até o seu conteúdo que mistura ritmos como tango, calypso e, claro, jazz, o disco esbanja classe.

Além da produção de Heitor Pereira, o brasileirismo está representado pela presença do percussionista Paulinho Da Costa que, entre outros, tocou nos discos da fase áurea de Michael Jackson.

Uma versão editada deste texto foi publicado no jornal O Fluminense


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