Uísque Johnnie Walker tenta derrubar cachaça João Andante ou ‘É desse jeito que os grandes ficam maiores’

Essa notícia, tirada da Folha Online, é uma prova de que o apetite das grandes empresas é infinito e que é assim que os grandes ficam maiores.

A holding inglesa Diageo, detentora da marca do uísque Johnnie Walker, abriu processo administrativo no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) contra a cachaça João Andante. A Diageo acusa a empresa mineira de ser “imitação” de sua marca –segundo ela, avaliada em US$ 3,5 bilhões.

Mas o processo gerou publicidade para a cachaça e fez suas vendas dispararem. Nas últimas duas semanas, os pedidos feitos via e-mail já chegam a mil garrafas. Até então, as vendas eram de apenas 200 garrafas por mês.

“Os pedidos estão aumentando muito e nós sempre trabalhamos com margem e volume pequenos”, disse Gabriel Lana, 25, um dos donos.

A João Andante foi organizada em 2008 por quatro jovens que viam a atividade mais como um hobby do que propriamente um negócio empresarial. Cada um deles segue com sua profissão.

O desenho das duas marcas é representado pela figura de um andarilho, embora de classes sociais distintas: enquanto um é lorde, o outro é um jeca, ou capiau, conforme o regionalismo mineiro.

“Apesar de ambos os personagens mostrarem algumas distinções, o uso da expressão ‘João Andante’, que é a tradução literal de ‘Johnnie Walker’, evidencia a intenção de criar uma ‘versão local’ da marca”, argumenta a holding inglesa por meio do escritório de advocacia Dannemann Siemsen.

Os mineiros negam que o uísque tenha sido a inspiração e sustentam que o Walker da marca inglesa nada tem a ver com andar ou caminhar –é um sobrenome.

Afirmam que a ideia é a de um caixeiro-viajante, que é um andarilho, segundo o escritório de advocacia Hidelbrando Pontes e Associados.

Fonte: Folha Online

One Reply to “Uísque Johnnie Walker tenta derrubar cachaça João Andante ou ‘É desse jeito que os grandes ficam maiores’”

  1. Críticas relevantes às corporações são muitas. Entretanto neste caso o que você faz não passa de uma crítica mesquinha, irrelevante e bem típica da doença que assola a cultura brasileira. Deixar de proteger a própria marca faz com que a companhia perca direitos sobre ela. A companhia portanto tem a responsabilidade de proteger suas marcas. Ou processa quem infringe ou arrisca perder sua propriedade. Isto é lei – e aposto que as grandes companhias até prefeririam se fosse diferente.

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