Pub que não vende álcool é inaugurado em Liverpool

Provavelmente essa iniciativa não vai durar mais que dois meses.

Os problemas de abuso de álcool na Grã-Bretanha são bem conhecidos em todo o mundo. Um estudo da Universidade de John Moores, em Liverpool, mostrou que a cidade tem o mais alto índice de admissões hospitalares relacionados a álcool da Inglaterra. No entanto, Liverpool também é conhecida como a capital da reabilitação, de acordo com Carl Alderdice, gerente do primeiro bar sem álcool do país, o Brink, que fica na Parr Street. O ‘empreendimento social’ funciona desde setembro.

“Somos pioneiros e investimos em ajudar pessoas com problemas de abuso de álcool e drogas”, disse Alderdice ao periódico britânico The Guardian.

A iniciativa de montar o ‘bar seco’ começou com uma campanha de caridade, chamada de ‘Ação no Vício’, em inglês Action on Addiction, que percebeu o impacto do abuso de álcool em pessoas em situação de rua.

No ambiente são oferecidas comidas quentes, frias e drinks não alcoólicos. Os fundadores planejam apresentações ao vivo com bandas e comediantes, além de oferecer espaço para treinamentos e seminários.

Ideia é levar ambiente para outros locais- De acordo com o administrador, clientes potenciais não são apenas os que estão evitando o álcool ou em reabilitação, mas também aqueles que preferem um ambiente com menos testosterona, sem bêbados nem as cenas tradicionais que acontecem nos pubs da cidade.

Alderdice diz que acredita que o bar está quebrando estereótipos e vê potencial para expandir em outras cidades. “Se o empreendimento conseguir prevenir uma internação por semana relacionada a abuso de álcool, eu já terei feito uma contribuição importante à cidade”, revela.

Além de uma saída social para quem quer evitar o álcool, o bar funciona como forma de quem está em recuperação conseguir voltar ao mercado de trabalho, já que muitos dos funcionários já tiveram problemas com o álcool no passado, que os impediu de trabalhar.

E você, o que acha? Um bar sem álcool pode funcionar aqui no Brasil? Deixe sua opinião em nossos comentários.

Com informações do The Guardian

Texto originalmente publicado no site do jornal O Fluminense

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