Cervejarias esperam vender 10% mais no verão de 2011

Com a terça-feira de carnaval marcada para o dia 8 de março, os varejistas consideram que o verão deste ano terá mais de cem dias. Para as cervejarias, isso é sinal de ótimo resultado de vendas, com números bem acima dos comparados aos atingidos no começo de 2010, quando a prosperidade prós-crise derrubou estatísticas e jogou pra cima índices de consumo.

“Esperamos que o mercado possa manter o crescimento de quase 12% alcançado na estação do ano passado”, comenta Renata Zveibel, gerente de comunicação externa da Heineken Brasil. Dados da Nielsen apontam que bebidas alcóolicas e não-alcóolicas foram os produtos que mais cresceram em 2010. “O consumo continua bastante aquecido. Esperamos alcançar um crescimento ainda maior do que o verificado em 2010”, reforça Douglas Costa, gerente de marketing e relações com o mercado do Grupo Petrópolis. “Temos um cenário promissor e sem grandes rupturas. Devemos destinar maior parte dos nossos investimentos nesse verão alongado”, afirma Luiz Cláudio Taya, diretor de marketing do Grupo Schincariol.

A preocupação, com isso, deixou de ser a exposição em mídia e passou para a produção. “Geralmente temos 90 dias de verão. Esse ano, esse número cresceu 20%. A temporada terá mais de cem dias. A preocupação das empresas, agora, é que não falte produto”, comenta Adalberto Viviani, diretor-presidente da Concept e especialista no mercado de bebidas.

Segundo Viviani, o ponto de venda será fundamental na briga entre as marcas. “A grande estratégia, agora, é consolidar a expansão, colocar produtos em condições de consumo, aumentar a visitação e ter cuidado extra no PDV”, explica. A executiva da Heineken reforça essa preocupação. “Nosso foco não é necessariamente investir mais por conta do verão. Teremos uma forte ativação no ponto de venda. E estamos focados em atender a demanda do mercado”, ressalta Renata.

O Grupo Petrópolis, que produz a cerveja Itaipava, sofreu bastante com as chuvas que assolaram a região serrana do Rio de Janeiro na semana retrasada. A tragédia paralisou suas linhas e funcionários ficaram presos na fábrica de Teresópolis por 30 horas. Mesmo assim, Costa acredita que não terá problemas de abastecimento, uma vez que suas outras três fábricas (uma delas em Petrópolis) estão preparadas para absorver o que não será produzido na matriz. Ele ainda conta que as apostas do Grupo estão no grande portfólio de produtos. “Nossos lançamentos recentes incluíram formatos diferenciados na linha pilsen, como a garrafa de 250 ml e a lata de 310 ml, mais fina”.

Informações são do Meio & Mensagem

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *