Burger King “brasileiro” x fast food no País

Uma boa notícia para quem gosta de fast food e não é lá tão fã do McDonals. O Burguer King foi comprado por brasileiros e deve ter seu ritmo de crescimento acelerado no país. Quem nunca provou não sabe o que está perdendo.

A aquisição do Burger King, segunda maior rede de fast-food dos Estados Unidos e uma das maiores do planeta, pelo 3G Capital Management deve causar forte impacto na categoria também no Brasil.

Isso porque os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira são os maiores investidores e controlam as operações do fundo de private equity, que tem sede em Nova York. O empresário Eike Batista também faz parte do 3G Capital Management.

Assim, o mercado espera que executivos brasileiros ocupem cargos no alto escalão da rede. Além disso, o Brasil, que hoje conta com 93 lojas, é peça chave nos planos de expansão do Burger King, que contemplam a abertura de 500 novas franquias na America Latina.

“A operação brasileira vai sofrer um grande impacto em sua gestão, não há dúvida. Os principais acionistas do 3G não entram em negócios para ter crescimentos pífios, como os que o Burger King vinha apresentando no Brasil”, avalia Adir Ribeiro, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e sócio da Praxis Education, consultoria especialista em negócios de varejo.

Ribeiro espera que o estilo agressivo de gestão – marca registrada das empresas controladas por Lemann, Telles e Sucupira – a ser implementado no Burger King tenha reflexos em todo a categoria de restaurantes fast food por aqui.

“É uma área com muito potencial de crescimento e eles chegarão com um novo estilo de gerenciamento e distribuição”, diz o consultor, que não acredita em uma preferência do público nacional pelo Burger King por conta de seus novos sócios brasileiros. “Entender o habito de consumo dos brasileiros é muito mais importante do que ser brasileiro”, opina.

Atualmente, o Burger King tem mais de 12 mil restaurantes distribuídos por 75 países. Nos últimos dois anos, a rede vem apresentando quedas nos lucros. Em 2010, a receita global ficou em US$ 2,5 bilhões, uma variação negativa de 1,4% em comparação a 2009. A negociação com o 3G Capital foi avaliada em US$ 4 bilhões e anunciada na quinta-feira 2.

Há dois anos, o trio brasileiro da 3G esteve à frente de outra operação bilionária envolvendo a aquisição de um símbolo americano de consumo, quando a cervejaria belgo brasileira InBev fechou acordo para assumir o controle da Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser e maior cervejaria dos Estados Unidos.

O grupo também adquiriu uma fatia de 6,7% de outra tradicional rede de fast food americana, a Wendy´s. Diversificando sua atuação em território americano, o 3G comprou 8,3% da CSX, uma das principais ferrovias do país.

Com informações do Meio & Mensagem

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